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sábado, 18 de dezembro de 2010

ALFABETIZAÇÃO - LUZ - parte 1

A base de uma educação não é o quanto se sabe, mas o quanto se aplica.

Introdução:
Esta é uma apostila produzida em 2005 com fundamentos cristãos.
Pensando Educação e as Teorias de ensino-aprendizagem abrimos um enorme leque sobre os muitos caminhos da alfabetização, porém, no primeiro momento, nos deteremos um pouco, em conceitos e atividades relacionadas com a leiturização e nos ensinamentos de Jesus por meio das parábolas.
A necessidade e curiosidade da criança na alfabetização são grandes e isso as torna cada vez mais aptas a aprender adquirindo a capacidade de buscar o conhecimento.
Nós, educadores e também transmissores do conhecimento, carregamos pré-conceitos sobre o ensino; deparamos-nos na atualidade com o Construtivismo X Tradicional entre outras teorias.
Jesus foi o maior de todos os mestres e na sua forma de ensinar, contextualizava todos os conteúdos que transmitia, inspirados nessas atitudes e concordamos com que a criança deve ser contextualizada, e estar inserida na alfabetização como sujeito ativo e não apenas como receptora do aprendizado.
O ensino não deve acontecer de uma forma passiva, pronto e acabado, mas a criança deve interagir com o que está aprendendo, pois o interesse acontece quando há uma busca e necessidade. Isto é o que as teorias construtivistas nos ensinam. Voltando os nossos olhos para Jesus, podemos confirmar este princípio desta teoria. Não quero dizer, com isso, que os ensinamentos de Jesus se encaixam nas teorias, mas, ao contrário, tudo o que o homem tem descoberto até os dias de hoje, Jesus já tinha nos ensinado ha muito tempo.
Jesus ensinou todas as coisas de uma forma muito criativa. Ele ensinou o tempo todo só sobre o Reino, mas cada vez que falava sobre o mesmo assunto, o demonstrava de forma diferente, ou seja, Ele usou vários recursos para dizer a mesma coisa e através do ensino do Reino, Ele ensinou inúmeras outras coisas que atingiam o comportamento espiritual, emocional e racional.

MEMORIZAÇÃO
Entendo memorização não como algo mecânico apenas, mas uma ferramenta de nossa mente, para nos lembrar de tudo o que aprendemos e vivenciamos.

IDENTIFICAÇÃO

Como a apostila é baseada nas parábolas e ensinamentos cristãos, o primeiro passo, então, é contar a história de Jesus até o seu batismo e a tentação, situando, ou contextualizando a criança na história da vida de Jesus.

O professor pode:

. criar um grande livro (livro gigante feito de papelão) com desenhos e frases da história,

. fazer maquetes da cidade onde Jesus nasceu o lugar de Seu batismo, etc.

. Confeccionar uma linha do tempo antes ou depois do nascimento de Jesus, para que a criança tenha uma noção da cronologia histórica. Enfim, usar a criatividade profissional para que os alunos sejam inseridos de forma bem prática e conheçam com detalhes a vida de Jesus.

Os livros construtivistas orientam a alfabetização iniciando pelo nome das crianças, podendo ser seguida de uma identificação individual, aprendendo mais sobre seu nome e sua própria história.

Hereditariedade e Meio-Ambiente

Este é outro debate entre os educadores da atualidade: Hereditariedade X Meio ambiente, porém quando o educador consegue criar uma atmosfera boa, criativa, alegre, então, também teremos o ambiente favorável para aprendizagem, é claro que, numa realidade periférica, formada por comunidade vulnerável, tudo fica um pouco mais complicado, porém o ambiente alfabetizador é um instrumento valioso nas mãos do professor, mesmo diante das dificuldades.

Recompensas?

Recompensa é um termo que, muitas vezes nos soa como premiação, mas as recompensas para todos os alunos pode se tornar uma forma de incentivo, o motivação e ensino, porém isso não pode tornar-se a ordem do dia, a criança não pode encarar que só realizará certa atividade se receber uma recompensa, mas pode receber sem mesmo ser prometido a ela, como uma surpresa, gerando maior alegria em participar.

Motivação

A criança se torna perspicaz quando experimenta situações antes de escrevê-las

Quando ele menciona o condicionamento e recompensas, ele está se referindo sobre Behaviorismo, ou seja, a teoria de Skiner (sobre o comportamento). Por meio de testes e avaliações em ratos de laboratório, Skiner compara a aprendizagem do ser humano que acontece através de estímulos e recompensas. Em uma mesma frase na fita: "Uma análise criativa do Reino", o John usa a palavra condicionar, e, a prática antes da teoria, isso nos leva a teoria de Jean Piaget.

É complicado quando o professor tenta dar todas as coisas de uma só vez em um só diaou então programar um rotina massante como:(das 9:00 às 9:30 vamos estudar isto, das 9:30 as 10:00 h vamos estudar outra coisa) , é muito difícil fazer isto e ainda assim estimular as crianças. Quando as crianças têm experiências com alguma coisa ela irá reagir com atitudes de leitura, escrita, diálogo: Como eu expresso, ou como escrevo isto no papel? Então ela aprenderá a escrever aquelas palavras que ela experimentou.

Imaginação, criatividade, curiosidade... são instrumentos que a criança possui para descobrir como são feitas as coisas que vêem, sentem, experimentam... e isto cria uma fascinação e dá à criança a chave para destrancar a porta.

As crianças não precisam receber todas as respostas, mas algumas dicas para que elas descubram seu próprio caminho

Leitura e alfabetização

O sistema fônico, no ensino da leitura, é algo que precisamos nos aprofundar nas pesquisas, já foi enfatizado o método fônico na alfabetização, porém, ao meu ver, o que o John está sugerindo não limita o ensino da leitura só no período da alfabetização e muito menos por intermédio de um método que se comprovou estar longe da realidade da criança e que contraria as palavras da fita: "Uma análise criativa do Reino."

O sistema fônico pode ser analisado através de estudos do nosso sistema fonético e a capacidade de dicção no ensino e aprendizado da leitura, mas, podemos usar na alfabetização quando a escrita realmente representar a fala, ou seja, não falamos uma consoante isoladamente em nossa fala normal, mas ela sempre está ligada a uma vogal ou a outra consoante antes da vogal. Se olharmos para esta forma de ensinar em que as sílabas são enfatizadas caímos novamente em uma técnica de ensino fora da realidade da criança quando se enfatiza as famílias silábicas como: va –ve –vi –vo –vu, com frases feitas do tipo: “Vovô viu a uva.” com o único objetivo de juntar as sílabas estudadas. Esta forma de escrita não é usada na fala do dia-a-dia das crianças, saindo fora de sua realidade e se tornando um ensino pronto e acabado de pura memorização em que a criança decora e não interaje. Porém se pensarmos em separar as palavras estudadas no contexto de leitura das crianças e separa-las em sílabas poderemos usar muito bem o nosso aparelho fonético e enfatizarmos o sistema fônico na leitura. Como exemplo podemos citar uma palavra retirada de um texto estudado com as crianças: me-ni-no lendo-a de forma silábica para que o som das letras e sílabas sejam entendidas, usando a forma normal da fala e não criando novas dicções por causa do aprendizado da escrita. A criança deve entender que a escrita representa a fala e não que se escreve como se fala.

Dica: Quando for soletrar as palavras para enfatizar as sílabas, não fale para criança quantas vezes você abre a boca para falar a palavra, mas diga a palavra soletrada.

As crianças possuem capacidade de aprender quando são motivadas por questões desafiadoras. A escrita é um processo de construção cognitiva ligado ao processo motor e não um ensino simples a ser passado, mas conduzi-la ao verdadeiro aprendizado. A leitura e a escrita é um meio para se alcançar um objetivo social e não um fim em si mesmo. A criança que lê mesmo sem saber ler, busca o sentido do texto para poder construir seu significado. É um processo amplo na coordenação de informações entre o leitor, o texto e o contexto. O contexto, no qual, o texto e o leitor estão inseridos é o que faz a diferença para que a criança possa realizar as estratégias da escrita e da leitura: seleção, antecipação, inferência e verificação.

Seleção: a criança faz uma seleção de tudo que possui de informação frente ao texto e interage com o mesmo selecionando o que sabe e descobrindo coisas novas.

Antecipação: a criança antecipa situações vividas anteriormente diante do que já conhece podendo tirar suas conclusões de um texto, detectando, por exemplo, a natureza de um texto se é notícia, história, receita, etc.

Inferência: Ela vai usar todos conhecimentos que possui dentro de um determinado contexto de leitura e fazer suas inferências quanto a escrita, a forma de escrita a apresentação do texto, etc.

Verificação: é a capacidade de verificar suas hipóteses de leitura frente a um texto ou um novo desafio.

É importante que aconteça algumas atividades permanentes quanto a leitura:

· Hora da leitura

· Roda da biblioteca

· Pasta de texto: a criança leva pra casa uma pasta com vários textos de diferentes gêneros ( notícias, histórias, bilhetes, receitas, gibis, etc.)

· Projetos de leitura.

Escrita

A escrita na alfabetização pode ser relacionada com a produção de um livro, preocupando-se na formação de produtores de textos relatando as experiências que poderão se tornar motivos para escrita relatando, descrevendo, informando, convidando, avisando, etc.

No início da alfabetização sempre sugerimos o ensino do alfabeto que é fundamental para o entendimento do surgimento e uso das letras, porém tudo deve ter real sentido para crianças. O aluno deve entender que o alfabeto isolado é usado em listas de telefones, arquivos, dicionários, etc. Para que seu aprendizado seja interessante sugerimos a criação de um livro, iniciando a escrita em que cada letra tenha uma página num livro criado por eles, e que possam expressar sua liberdade através do desenho e da escrita escrevendo um nome de pessoa para cada letra, ou um nome de animal, ou um nome de uma comida, ou um nome de cidade, etc. No final teremos um livro escrito e editado pelos alunos, daí pra frente é só libertar a criatividade existente em cada um de nós e criar novos livros.

A criança é capaz de construir a escrita mesmo que incompreensíveis aos nossos olhos. O mundo no qual a criança é inserida é um mundo de letras, números e muitos textos. A criança utiliza, na maioria das vezes, inicialmente as letras de seu nome, criando hipóteses de que podem escrever qualquer coisa, usam letras grandes e pequenas formando as palavras. Nesse processo de criação da escrita as crianças estabelecem várias hipóteses. Se o professor alfabetizador pedir para que a criança leia o que escreveu perceberá o quanto ela foi capaz de criar por meio da escrita, suas hipóteses do mundo da leitura e da escrita. Elas estabelecem critérios, comparam, avaliam e avançam no seu desenvolvimento, o que difere em muito da alfabetização pronta e acabada numa metodologia tradicional.

RESOLUÇÕES MATEMÁTICAS

Os tempos mudaram e a ênfase hoje está nas resoluções matemáticas, e não somente na investigação dos números, pois a teoria sem a prática é condenável em qualquer época, principalmente no que diz respeito a Matemática. O que precisa ser enfatizado é a prática de situações em que as crianças usarão a Matemática, porém o conteúdo de Matemática não será abrangido neste livro.

Pesquisa: Habilidades de Biblioteca.

Isto não é difícil de ensinar quando se tem um bibliotecário que entrega em mãos todo o tema da sua pesquisa, porém quando você se depara com uma Enciclopédia é necessário conhecer os padrões de arquivamento, a organização dos fatos, etc.

Quando a criança pesquisa, ela se sente conhecedora do caminho do saber. O conteúdo não é esquecido, pois seus pensamentos são organizados a respeito do assunto. A pesquisa é fundamental para o processo de ensino e aprendizagem e pode ser usado em todos os conteúdos.

ARTES

Trabalhos manuais com cerâmica, tecelagem, sucata, pintura, desenho, fotografias, esculturas, podem e devem ser despertados, pois a Arte é um elo de ligação entre o emocional e o cognitivo. Leve o aluno a apreciar sempre a natureza. Também direcione o aluno a “ler” obras de artes existentes em nossa sociedade, a fazer releituras, ou seja, reproduzir do seu jeito o que vê em uma determinada tela, escultura, fotografia, etc. Este é um assunto ilimitado e pode ser trabalhado durante o ano todo abrangendo todo o ensino e tornando mais motivador os conteúdos a serem ensinados.

Educação física

A Educação Física não está limitada a atividades físicas dentro do ambiente escolar, mas é preciso direcioná-las para fazerem atividades pequenas e grandes, como: cozinhar e também pescar, dançar e também acampar, nadar e também escalar, fazer caminhada e também participar de maratonas e muito mais.


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