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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PORCOLÂNDIA


Era uma vez uma cidadezinha no interior de Minas Gerais com aproximadamente quinhentos habitantes, chamada: "Porcolândia".

Certo dia apareceu por aquelas bandas três porquinhos que fugiram de uma grande cidade, próxima a Porcolândia, a procura de abrigo, pois onde moravam eram maltratados pelo antigo dono.

Quando avistaram a cidade ficaram encantados, pois havia comida especial e cada habitante possuía uma casa de tijolos toda equipada, e, ao redor da cidade, havia vigilância vinte e quatro horas para que nenhum lobo chegasse perto da cidade.

Eles foram recebidos pelo "Porcofeito"(prefeito) da cidade e encaminhados à assistência social, onde arrumaram o que fazer e onde morar. Com o trabalho e a satisfação de viver na Porcolândia, os três porquinhos conseguiram conquistar suas moradias em pouco tempo já tinham tudo o que precisavam.

Todas as tardes subiam no alto da montanha para ver o pôr-do-sol e ali comentavam as lembranças da antiga vida e de como eram maltratados, também lembravam da vida de seus avós que foram perseguidos pelo lobo e que o destruíram quando uniram suas forças na casa de tijolos, depois, é claro de passarem pela casa de palha e de madeira e verem-nas destruídas pelo sopro do lobo, mas, hoje, na PORCOLÂNDIA, eram muito felizes.
                                                                                        Susy Helena Valério Hernandes


sábado, 13 de outubro de 2012

CHAPEUZINHO COR DE ABÓBORA


CHAPEUZINHO COR DE ABÓBORA LEVA A TORTA DE ABÓBORA COM COBERTURA DE CHANTILI E UMA CEREJA EM CIMA PARA VOVÓ, ....


















PINÓQUIO


Depois de assistir o vídeo algumas sugestões de atividades....









segunda-feira, 1 de outubro de 2012

quinta-feira, 2 de junho de 2011

DONA LICINHA


A senhora não me conhece. Faz tanto tempo e me lembro de detalhes do seu jeito, sua voz, seu penteado e roupas... A senhora ensinava na 3a série B e eu era aluna da 3ª série C no Grupo Escolar do Tatuapé... Passava no corredor fazendo figa para mudar de classe, pra minha professora viajar e nunca mais voltar, pra diretora implicar e me mandar pra 3a B... Nunca tive tanta inveja na minha vida como tive das crianças da série B...

Lembro que na sua sala se ouviam risadas quase o tempo todo. Maior gostosura! De vez em quando, um enorme silêncio quebrado por uma voz suave...era hora de contar histórias. Suspirando, eu grudava na janela e escutava o que podia... Também muitos piques e hurras, brincadeiras correndo solto. Esconde-esconde, telefone sem fio, campeonato de Geografia. Tanto fazia a aprontação inventada. Importava era sentir a redonda contenteza dos alunos.

A sua sala era colorida com desenhos das crianças, um painel com recortes de revistas e jornais, figurinhas bailando em fios pendurados, mapas e fotos... Uma lindeza rodopiante mudada toda semana! Vi pela janela seus alunos fantasiados, pintados, emperucados, representando cenas da História do Brasil! Maior maravilhamento! Demorei, entendi. Quem nunca entendeu foi a minha professora... Seu segredo era ensinar brincando. Na descoberta! Na contenteza!

Nunca ouvi berros, um "Cala boca", "Aqui quem manda sou eu" e outras mansidões que a minha professora dizia sem cansar. Não escutei ameaças de provas de sopetão, castigos, dobro da lição de casa, chamar a diretora, com que a minha professora me aterrorizava o tempo todo...

Dona Licinha, eu quis tanto ser sua aluna quando fiz a 3a série. Não fui... Hoje, tanto tempo depois, sou professora. Também duma 3a série. Agora sou sua colega... Só não esqueço que queria estar na sua classe, seguir suas aulas risonhas, sem cobranças, sem chateações, sem forçar barras, sem fazer engolir o desinteressante. Numa sala colorida, iluminada, bailante. Também quero ser uma professora assim. Do seu jeito abraçante.

Hoje, vi uma garotinha me espiando pela janela. Arrepiei. Senti que estava chegando num jeito legal de estar numa sala de aula... Por isso resolvi escrever para a senhora. Vontadona engolida por décadas. Tinha que dizer que continuo querendo muito ser aluna da Dona Licinha. Agora, aluna de como ser professora. Fazendo meus alunos viverem surpresas inventivas.

Um abraço apertado,

cheinho de gostosuras, da

Ciça
Conto de fanny Abramovich
Pùblicado na revista Nova Escola

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O CAMELO, O ELEFANTE E O MACACO

Votavam os animais para eleger um rei. O camelo e o elefante se puseram a disputar os
votos, já que esperavam ser preferidos por causa de seu tamanho e sua força. Porém, chegou o
macaco e os declararam incapazes de reinar.
— O camelo não serve - disse - porque não se encoleriza contra os bandidos e o elefante
tampouco nos serve porque teremos de temer o ataque do marrano, animal a quem teme o elefante.
Moral da história: A maior fortaleza sempre se mede no ponto mais fraco.

Esopo

O ADIVINHO

Acomodado em uma praça pública, um adivinho se ocupava em seu ofício. De repente
aproximou-se dele um homem, avisando que as portas de sua casa estavam abertas e que haviam
roubado tudo o que havia em seu interior. Levantou-se em um salto e correu, desengonçado e
suspirando, para ver o que havia acontecido. Um dos que ali se encontravam, vendo-o correr lhe
disse: — Olhe, amigo! Tu que dizes prever o que ocorrerá aos outros, por que não previu o que se
sucederia a ti?
Moral da história: Sempre há pessoas que pretendem controlar o que não lhes corresponde, mas não conseguem administrar suas próprias coisas.

Esopo

A RAPOSA E O LENHADOR

Uma raposa era perseguida por uns caçadores, quando viu um lenhador e suplicou que ele a
escondesse. O homem então lhe aconselhou que entrasse em sua cabana.
De imediato chegaram os caçadores, e perguntaram ao lenhador se havia visto a raposa.
Com a voz ele disse que não, mas com sua mão disfarçadamente mostrava onde havia se
escondido.
Os caçadores não compreenderam os sinais da mão e se confiaram no que disse com as
palavras.
A raposa, ao vê-los irem, saiu sem dizer nada.
O lenhador a reprovou porque, apesar de tê-la salvo, não agradecera, ao que a raposa
respondeu:
— Agradeceria se tuas mãos e tua boca tivessem dito o mesmo.
Moral da história: Não negues com teus atos, o que pregas com tuas palavras.

Esopo

A GATA E AFRODITE

A Gata e Afrodite
Uma gata que se apaixonara por um fino rapaz pediu a Afrodite para transformá-la em
mulher. Comovida por tal paixão, a deusa transformou o animal numa bela jovem. O rapaz a viu,
apaixonou-se por ela e a desposou.
Para ver se a gata havia se transformado completamente em mulher, Afrodite colocou um
camundongo no quarto nupcial.
Esquecendo onde estava, a bela criatura foi logo saltando do leito e pôs-se a correr atrás do
ratinho para comê-lo. Indignada, a deusa fê-la voltar ao que era.
Moral da história: O perverso pode mudar de aparência, mas não de hábitos.

Esopo

A RAPOSA E A SERPENTE

Havia uma figueira à margem de um caminho. Uma raposa viu junto a ela uma serpente
adormecida. Vendo aquele corpo tão largo, e pensando em igualá-lo, se deitou à raposa no chão, ao lado da serpente, e tentou estirar-se o quanto pôde, até que por fim, de tanto esforço, rebentou-se.
Moral da história: Não imites os maiores se não tens condições de fazê-lo.

Esopo

A LEBRE E A TARTARUGA

Uma lebre vangloriava-se de sua rapidez, perante os outros animais:
— Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.
— Aceito o desafio! Disse a tartaruga calmamente.
— Isto parece brincadeira. Poderia dançar à sua volta, por todo o caminho, respondeu a
lebre.
A um sinal dado pelos outros animais, as duas partiram. A lebre saiu a toda velocidade.
Mais adiante, para demonstrar seu desprezo pela rival, deitou-se cochilou. A tartaruga continuou
avançando, com muita perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não teve tempo de correr, para chegar primeiro.
Moral da história: Com perseverança tudo se alcança.

Esopo

sábado, 24 de abril de 2010

O CÃO DORMINHOCO E O LOBO

Como estava dormindo à porta de um estábulo, um cão foi surpreendido por um lobo que se
lançou sobre ele, pronto para devorá-lo. Mas o cão lhe pediu para adiar o sacrifício:
— Agora - disse ele - estou raquítico e doente. Mas espera um pouco, meus donos estão para
comemorar suas núpcias; comerei muito e, bem gordinho, serei para ti um prato delicioso.
O lobo acreditou nele e se foi. Alguns anos depois, ele voltou e viu que o cão estava
dormindo no andar de cima da casa. De baixo, ele chamou:
— Lembras de mim - disse ele - daquilo que combinamos?
O cão então falou:
— Ô seu lobo, quando me vires de agora em diante dormir diante do estábulo, não esperes
mais as núpcias.
Moral da história: Uma vez salvo do perigo, o homem sensato se previne para sempre.
Esopo

LOBO EM PELE DE CORDEIRO


Um dia, o lobo teve a idéia de mudar sua aparência para conseguir comida de uma forma mais
fácil. Então, vestiu uma pele de cordeiro e saiu para pastar com o resto do rebanho, despistando
totalmente o pastor. Para sua sorte, ao entardecer, foi levado junto com todo o rebanho para um
celeiro. Durante a noite, o pastor foi buscar um pouco de carne para o dia seguinte. Chegando no
celeiro, puxou a primeira ovelha que encontrou. Era o lobo fingindo ser um cordeiro.
Moral da história: Sempre que enganamos os outros, pagamos pelo nosso erro logo em seguida.
Esopo

A REUNIÃO GERAL DOS RATOS

Há muito tempo, em uma fazenda, um gato, ótimo caçador de ratos, andava fazendo um
grande estrago entre a rataria. Caçava tantos ratos que os sobreviventes estavam quase morrendo de fome, pois tinham muito medo de sair de suas tocas.
Como o problema havia atingido grandes proporções, os ratos resolveram marcar uma
assembléia para tentar encontrar uma saída.
Esperaram uma noite em que o gato dormiu profundamente no topo da chaminé e reuniram-se
no celeiro. A apreensão era grande, todos estavam nervosos, mas um rato teve uma idéia e falou:
— A melhor maneira de nos defendermos é pendurarmos um sino no pescoço do gato.
Assim, quando ele se aproximar, escutaremos o sino e teremos tempo para fugir.
Foi uma grande festa. Todos adoraram a idéia e aprovaram com aplausos. Mas um rato mais velho, que estava em cima de um saco de milho, pediu a palavra e disse:
— A idéia é muito boa... é boa sim, mas... Quem é que vai pendurar o sino no pescoço do
gato?
Silêncio geral. Um a um, os ratos foram se retirando, e acabou-se a assembléia geral dos
ratos.
Moral da história: Falar é fácil, fazer é difícil!

Esopo, Adaptação de Monteiro Lobato

O PATINHO FEIO

Era uma vez uma mamãe pata que pôs cinco ovos. Quatro lindos patinhos saíram primeiro
da casca e, por último, um patinho tão feio que dava dó. - Quando crescer ficará bonito - pensou
esperançosa, a mamãe pata.
O patinho crescia e a mamãe pata ficava mais triste. Ele continuava feio e esquisito.
Os mais velhos o olhavam com pena. Os mais moços zombavam dele chamando-o de
"Patinho Feio".
Pobre patinho! Vivia triste e não brincava com ninguém por causa da sua feiúra. O patinho
preferia ficar sozinho a perto daqueles que riam dele. Um dia, resolveu ir embora para bem longe.
Andou muito pela floresta, até que anoiteceu. Ele estava cansado, com fome e com muito
medo. Também estava triste com seus amigos e, por isso, venceu o medo e adormeceu ali mesmo.
De manhã, quando acordou, ainda tinha fome. Andou mais um pouco e ouviu um barulho de
água.
Correu e encontrou um lago, onde alguns patos selvagens brincavam alegremente.
Quis falar com eles, mas um barulho de espingarda espantou a todos. E ele ficou sozinho
novamente.
O patinho resolveu ficar ali mesmo, pois tinha muitos peixes para se alimentar. Com o
tempo, foi ficando mais forte e robusto.
A primavera chegou e todos os cisnes resolveram aparecer no lago. Um deles veio conversar
com o patinho. Ele não acreditava que um belo cisne quisesse ser seu amigo de verdade. - Ora, olhe seu reflexo na água - pediu o cisne.
O patinho viu o reflexo e descobriu que ele também era um cisne! Então, resolveu juntar-se
àqueles lindos e majestosos cisnes e viveu feliz para sempre.

Hans Christian Andersen

O GATO DE BOTAS

Um velho moleiro, sentindo a morte chegar, dividiu seus bens entre seus
três filhos.
O mais velho herdou o moinho, o segundo um jumento capenga e o
caçula um gato.
O gato, vendo o seu novo dono muito desiludido com a sua parte na
herança, disse-lhe:
— Não te entristeças, meu amo, tenhas confiança em mim. Eu te farei um homem rico.
Preciso somente que tu me dês algumas roupas.
Assim, o rapaz deu ao gato um velho chapéu e um par de botas que ele havia recuperado no
celeiro.
Também lhe fez uma capa e deu-lhe um grande saco.
— Eu te prometo voltar com boas novas - disse o gato a seu amo quando partiu.
No caminho, encontrou uma bela ovelha e colocou imediatamente seus projetos em
execução. Pulou sobre ela e enfiou-a no saco.
—Majestade, é uma felicidade para mim, oferecer-lhe este humilde presente. Quem o envia
é marquês de Carabás, meu amo - disse ao rei, fazendo uma profunda reverência.
Nos dias seguintes o monarca continuou recebendo presentes da parte do famoso marquês
que ninguém conhecia...
Alguns dias depois, o gato disse a seu amo:
—Não me faças perguntas, mas faz o que eu digo. Amanhã de manhã, vai tomar banho no
rio e espera que a carruagem do rei passe por ali.
Na manhã seguinte, enquanto o seu amo banhava-se no rio, o rei passou por ali com a sua
filha.
—Socorro, socorro! Meu amo, o marquês de Carabás está se afogando! - gritou o gato.
O rei parou a carruagem e deu ordem a seus lacaios para socorrer o marquês e procurar-lhe
roupas adequadas. O monarca não tinha esquecido os numerosos presentes recebidos...
Depois o convidou para subir na carruagem. A princesa logo ficou encantada com o charme
do jovem marquês.
Os campos estendiam-se a perder de vista ao longo do caminho que a carruagem real
percorreria.
— O rei logo vai passar por aqui - disse o gato aos lavradores. Se ele perguntar a quem
pertencem estas terras, respondam-lhe que pertencem ao marquês de Carabás, caso contrário farei picadinho de vocês!
Os camponeses ficaram amedrontados e obedeceram ao gato de botas. O rei ficou
impressionado com os muitos bens que o amável marquês possuía.
O soberano pensou que jamais encontraria melhor partido para sua filha. E vendo os olhares
que ela dedicava ao jovem marquês, compreendeu que ela já o amava.
Alguns dias mais tarde a princesa e o filho do moleiro se casaram e foram muito felizes.

O PRÍNCIPE SAPO

Há muito tempo, quando os desejos funcionavam, vivia um rei que tinha filhas muito belas.
A mais jovem era tão linda que o sol, que já viu muito, ficava atônito sempre que iluminava seu
rosto. Perto do castelo do rei havia um bosque grande e escuro no qual havia um lagoa sob uma
velha árvore. Quando o dia era quente, a princesinha ia ao bosque e se sentava junto à fonte.
Quando se aborrecia, pegava sua bola de ouro, a jogava alto e recolhia. Essa bola era seu brinquedo
favorito. Porém, aconteceu que uma das vezes que a princesa jogou a bola, esta não caiu em sua
mão, mas sim no solo, rodando e caindo direto na água. A princesa viu como ia desaparecendo na
lagoa, que era profunda, tanto que não se via o fundo. Então, começou a chorar, mais e mais forte, e não se consolava e tanto se lamenta, que alguém lhe diz:
— Que te aflige, princesa? Choras tanto que até as pedras sentiriam pena.
Olhou o lugar de onde vinha a voz e viu um sapo colocando sua enorme e feia cabeça fora
d’água.
— Ah, és tu, sapo - disse - Estou chorando por minha bola de ouro que caiu na lagoa.
— Calma, não chores -disse o sapo – Posso ajudar-te, porém, que me darás se te devolver a
bola?
— O que quiseres, querido sapo - disse ela - Minhas roupas, minhas pérolas, minhas jóias, a
coroa de ouro que levo.
O sapo disse:
— Não me interessam tuas roupas, tuas pérolas nem tuas jóias, nem a coroa. Porém, me
prometes deixar-me ser teu companheiro e brincar contigo, sentar a teu lado na mesa, comer em teu pratinho de ouro, beber de teu copinho e dormir em tua cama ? Se me prometes isto, eu descerei e trarei tua bola de ouro.
— Oh, sim- disse ela - Te prometo tudo o que quiseres, porém, devolve minha bola – mas
pensou- Fala como um tolo. Tudo o que faz é sentar-se na água com outros sapos e coachar. Não
pode ser companheiro de um ser humano.
O sapo, uma vez recebida a promessa, meteu a cabeça na água e mergulhou. Pouco depois,
voltou nadando com a bola na boca, e a lançou na grama. A princesinha estava encantada de ver seu precioso brinquedo outra vez, colheu-a e saiu correndo com ela.
— Espera, espera - disse o sapo – Leva-me. Não posso correr tanto como tu !
Mas, de nada serviu coachar atrás dela tão forte quanto pôde. Ela não o escutou e correu
para casa, esquecendo o pobre sapo, que se viu obrigado a voltar à lagoa outra vez.
No dia seguinte, quando ela sentou à mesa com o rei e toda a corte, estava comendo em seu
pratinho de ouro e algo veio arrastando-se, splash, splish splash pela escada de mármore. Quando chegou ao alto, chamou à porta e gritou:
— Princesa, jovem princesa, abre a porta.
Ela correu para ver quem estava lá fora. Quando abriu a porta, o sapo sentou-se diante dela e
a princesa bateu a porta. Com pressa, tornou a sentar, mas estava muito assustada. O rei se deu
conta de que seu coração batia violentamente e disse: - Minha filha, por que estás assustada? Há um gigante aí fora que te quer levar?
— Ah, não, respondeu ela - não é um gigante, senão um sapo.
— O que quer o sapo de ti?
— Ah, querido pai, estava jogando no bosque, junto à lagoa, quando minha bola de ouro
caiu na água. Como gritei muito, o sapo a devolveu, e porque insistiu muito, prometi-lhe que seria meu companheiro, porém, nunca pensei que seria capaz de sair da água.
Entretanto, o sapo chamou à porta outra vez e gritou:
— Princesa, jovem princesa, abre a porta. Não lembras que me disseste na lagoa?
Princesa, jovem princesa, abre a porta.
Então o rei disse:
— Aquilo que prometeste, deves cumprir. Deixa-o entrar.
Ela abriu a porta, o sapo saltou e a seguiu até sua cadeira. Sentou-se e gritou:
— Sobe-me contigo.
Ela o ignorou até que o rei lhe ordenou. Uma vez que o sapo estava na cadeira, quis sentarse
à mesa. Quando subiu, disse:
— Aproxima teu pratinho de ouro porque devemos comer juntos.
Ela o fez, porém se via que não de boa vontade. O sapo aproveitou para comer, porém, ela
enjoava a cada bocado. Em seguida, disse o sapo:
— Como eu estou satisfeito, mas estou cansado. Leva-me ao quarto, prepara tua caminha de
seda e nós dois vamos dormir.
A princesa começou a chorar porque não gostava da idéia de que o sapo ia dormir na sua
preciosa e limpa caminha. Porém, o rei se aborreceu e disse:
— Não devias desprezar àquele que te ajudou quando tinhas problemas.
Assim, ela pegou o sapo com dois dedos e o levou para cima e a deixou num canto. Porém,
quando estava na cama o sapo se arrastou até ela e disse:
— Estou cansado, eu também quero dormir, sobe-me senão conto a teu pai.
A princesa ficou então muito aborrecida. Pegou o sapo e o jogou contra a parede.
— Cale-se, bicho odioso – disse ela. Porém, quando caiu ao chão não era um sapo, e sim um
príncipe com preciosos olhos. Por desejo de seu pai, ele era seu companheiro e marido. Ele contou como havia sido encantado por uma bruxa malvada e que ninguém poderia livrá-lo do feitiço exceto ela. Também disse que, no dia seguinte, iriam todos juntos ao seu reino.
Se foram dormir e na manhã seguinte, quando o sol os despertou, chegou uma carruagem
puxada por oito cavalos brancos com plumas de avestruz na cabeça. Estavam enfeitados com
correntes de ouro. Atrás, estava o jovem escudeiro do rei, Henrique. Henrique havia sido tão
desgraçado quando seu senhor foi convertido em sapo que colocou três faixas de ferro rodeando seu coração, para se acaso estalasse de pesar e tristeza.
A carruagem ia levar o jovem rei a seu reino. Henrique os ajudou a entrar e subiu atrás de
novo, cheio de alegria pela libertação, e quando já chegavam a fazer uma parte do caminho, o filho do rei escutou um ruído atrás de si como se algo tivesse quebrado. Assim, deu a volta e gritou:
— Henrique, o carro está se rompendo.
— Não amo, não é o carro. É uma faixa de meu coração, a coloquei por causa da minha
grande dor quando eras sapo e prisioneiro do feitiço.
Duas vezes mais, enquanto estavam no caminho, algo fez ruído e cada vez o filho do rei
pensou que o carro estava rompendo, porém , eram apenas as faixas que estavam se desprendendo do coração de Henrique porque seu senhor estava livre e era feliz.


Irmãos Grim

O PRÍNCIPE SAPO

Há muito tempo, quando os desejos funcionavam, vivia um rei que tinha filhas muito belas.
A mais jovem era tão linda que o sol, que já viu muito, ficava atônito sempre que iluminava seu
rosto. Perto do castelo do rei havia um bosque grande e escuro no qual havia um lagoa sob uma
velha árvore. Quando o dia era quente, a princesinha ia ao bosque e se sentava junto à fonte.
Quando se aborrecia, pegava sua bola de ouro, a jogava alto e recolhia. Essa bola era seu brinquedo
favorito. Porém, aconteceu que uma das vezes que a princesa jogou a bola, esta não caiu em sua
mão, mas sim no solo, rodando e caindo direto na água. A princesa viu como ia desaparecendo na
lagoa, que era profunda, tanto que não se via o fundo. Então, começou a chorar, mais e mais forte, e não se consolava e tanto se lamenta, que alguém lhe diz:
— Que te aflige, princesa? Choras tanto que até as pedras sentiriam pena.
Olhou o lugar de onde vinha a voz e viu um sapo colocando sua enorme e feia cabeça fora
d’água.
— Ah, és tu, sapo - disse - Estou chorando por minha bola de ouro que caiu na lagoa.
— Calma, não chores -disse o sapo – Posso ajudar-te, porém, que me darás se te devolver a
bola?
— O que quiseres, querido sapo - disse ela - Minhas roupas, minhas pérolas, minhas jóias, a
coroa de ouro que levo.
O sapo disse:
— Não me interessam tuas roupas, tuas pérolas nem tuas jóias, nem a coroa. Porém, me
prometes deixar-me ser teu companheiro e brincar contigo, sentar a teu lado na mesa, comer em teu pratinho de ouro, beber de teu copinho e dormir em tua cama ? Se me prometes isto, eu descerei e trarei tua bola de ouro.
— Oh, sim- disse ela - Te prometo tudo o que quiseres, porém, devolve minha bola – mas
pensou- Fala como um tolo. Tudo o que faz é sentar-se na água com outros sapos e coachar. Não
pode ser companheiro de um ser humano.
O sapo, uma vez recebida a promessa, meteu a cabeça na água e mergulhou. Pouco depois,
voltou nadando com a bola na boca, e a lançou na grama. A princesinha estava encantada de ver seu precioso brinquedo outra vez, colheu-a e saiu correndo com ela.
— Espera, espera - disse o sapo – Leva-me. Não posso correr tanto como tu !
Mas, de nada serviu coachar atrás dela tão forte quanto pôde. Ela não o escutou e correu
para casa, esquecendo o pobre sapo, que se viu obrigado a voltar à lagoa outra vez.
No dia seguinte, quando ela sentou à mesa com o rei e toda a corte, estava comendo em seu
pratinho de ouro e algo veio arrastando-se, splash, splish splash pela escada de mármore. Quando chegou ao alto, chamou à porta e gritou:
— Princesa, jovem princesa, abre a porta.
Ela correu para ver quem estava lá fora. Quando abriu a porta, o sapo sentou-se diante dela e
a princesa bateu a porta. Com pressa, tornou a sentar, mas estava muito assustada. O rei se deu
conta de que seu coração batia violentamente e disse: - Minha filha, por que estás assustada? Há um gigante aí fora que te quer levar?
— Ah, não, respondeu ela - não é um gigante, senão um sapo.
— O que quer o sapo de ti?
— Ah, querido pai, estava jogando no bosque, junto à lagoa, quando minha bola de ouro
caiu na água. Como gritei muito, o sapo a devolveu, e porque insistiu muito, prometi-lhe que seria meu companheiro, porém, nunca pensei que seria capaz de sair da água.
Entretanto, o sapo chamou à porta outra vez e gritou:
— Princesa, jovem princesa, abre a porta. Não lembras que me disseste na lagoa?
Princesa, jovem princesa, abre a porta.
Então o rei disse:
— Aquilo que prometeste, deves cumprir. Deixa-o entrar.
Ela abriu a porta, o sapo saltou e a seguiu até sua cadeira. Sentou-se e gritou:
— Sobe-me contigo.
Ela o ignorou até que o rei lhe ordenou. Uma vez que o sapo estava na cadeira, quis sentarse
à mesa. Quando subiu, disse:
— Aproxima teu pratinho de ouro porque devemos comer juntos.
Ela o fez, porém se via que não de boa vontade. O sapo aproveitou para comer, porém, ela
enjoava a cada bocado. Em seguida, disse o sapo:
— Como eu estou satisfeito, mas estou cansado. Leva-me ao quarto, prepara tua caminha de
seda e nós dois vamos dormir.
A princesa começou a chorar porque não gostava da idéia de que o sapo ia dormir na sua
preciosa e limpa caminha. Porém, o rei se aborreceu e disse:
— Não devias desprezar àquele que te ajudou quando tinhas problemas.
Assim, ela pegou o sapo com dois dedos e o levou para cima e a deixou num canto. Porém,
quando estava na cama o sapo se arrastou até ela e disse:
— Estou cansado, eu também quero dormir, sobe-me senão conto a teu pai.
A princesa ficou então muito aborrecida. Pegou o sapo e o jogou contra a parede.
— Cale-se, bicho odioso – disse ela. Porém, quando caiu ao chão não era um sapo, e sim um
príncipe com preciosos olhos. Por desejo de seu pai, ele era seu companheiro e marido. Ele contou como havia sido encantado por uma bruxa malvada e que ninguém poderia livrá-lo do feitiço exceto ela. Também disse que, no dia seguinte, iriam todos juntos ao seu reino.
Se foram dormir e na manhã seguinte, quando o sol os despertou, chegou uma carruagem
puxada por oito cavalos brancos com plumas de avestruz na cabeça. Estavam enfeitados com
correntes de ouro. Atrás, estava o jovem escudeiro do rei, Henrique. Henrique havia sido tão
desgraçado quando seu senhor foi convertido em sapo que colocou três faixas de ferro rodeando seu coração, para se acaso estalasse de pesar e tristeza.
A carruagem ia levar o jovem rei a seu reino. Henrique os ajudou a entrar e subiu atrás de
novo, cheio de alegria pela libertação, e quando já chegavam a fazer uma parte do caminho, o filho do rei escutou um ruído atrás de si como se algo tivesse quebrado. Assim, deu a volta e gritou:
— Henrique, o carro está se rompendo.
— Não amo, não é o carro. É uma faixa de meu coração, a coloquei por causa da minha
grande dor quando eras sapo e prisioneiro do feitiço.
Duas vezes mais, enquanto estavam no caminho, algo fez ruído e cada vez o filho do rei
pensou que o carro estava rompendo, porém , eram apenas as faixas que estavam se desprendendo do coração de Henrique porque seu senhor estava livre e era feliz.

Irmãos Grim

O RESGATE DOS FILHOTES

Sou Pongo e minha esposa Perdita.
Temos quinze lindos filhotes.
Uma noite saímos para dar um passeio, e dois homens maus chamados Alípio e
Leitão roubaram nossos filhotes.
Usamos o Latido do Anoitecer para pedir ajuda a nossos amigos
animais.
Logo as notícias se espalharam pelo campo.
Um cão de caça chamado Towser soube das notícias a respeito de nossos filhotes.
Ele contou a seus amigos: Capitão, Coronel e Sargento Neco.
Eles decidiram ajudar a procurar os filhotes.
O Sargento Neco ouviu latidos em uma casa grande e velha.
Ele foi investigar. Encontrou mais de quinze filhotes. Havia noventa e nove!
Quando soubemos das notícias, fomos em direção à casa.
Enquanto isso, nosso amigo, o Sargento Neco, com muita coragem começou a salvar os
filhotes. Perdita e eu entramos em ação assim que chegamos. Os vilões não tinham nenhuma
chance!
Graças a nosso novo amigo, nossos filhotes estavam a salvo.
E levamos também os outros filhotes para nossa casa.

Walt Disney

TARZAN

Numa noite de tempestade, perto da costa da África, um homem usou um barco a remo para
salvar sua esposa e seu bebê de um naufrágio. Logo alcançaram a praia de uma ilha próxima e
construíram uma casa em uma árvore para abrigar-se.
Nenhum outro ser humano vivia naquela ilha, cuja selva estava cheia de animais.
Um dia, uma gorila chamada Kala desgarrou-se do seu grupo. Ela estava muito triste, pois
tinha perdido seu bebê para o maior inimigo dos gorilas, o leopardo fêmea Sabor.
Foi então que Kala ouviu o choro de outro bebê e, seguindo o barulho, encontrou à casa da
árvore. Bastou apenas uma olhadela para ver que a maldita Sabor tinha passado também por ali.
Kala sabia que aquela criaturinha que deveria ter uma família, pois encontrou o retrato dos
pais, precisava de cuidados.
Então, a aconchegou com bondade em seus braços fortes.
Quando Kala voltou para casa, os outros macacos olharam espantados para o pequeno
humano.
— O que é essa coisa esquisita? - resmungou Terk, a filha de Kala.
— É um bebê - disse Kala. - Agora vou ser mãe dele também.
E, com cuidado, colocou o bebezinho nos braços de Terk.
— Ele não é igual a nós! - exclamou Kerchak, o chefe dos gorilas.
— Ele é um perigo para nossa família. Você tem de devolvê-lo!
Mas , Kala já estava muito apegada ao bebê e acabou convencendo
Kerchak a deixá-la ficar com a criança. Deu-lhe o nome de Tarzan.
Um dia, quando tinha cinco anos, Tarzan provocou sem querer o
estouro de uma manada de elefantes.
Zangado, Kerchak reclamou de Tarzan, dizendo a Kala que ele jamais se
adaptaria.
Tarzan ficou chateado e com raiva de Kerchak. Ficou também
muito triste por perceber quanto era diferente dos outros gorilas. Kala
logo compreendeu o sofrimento do filho. Com muito carinho, mostroulhe
que, por dentro, eram iguais. Era isso que importava.
Tarzan estava decidido a provar seu valor a Kerchak. Queria ser o melhor gorila do mundo.
Com os hipopótamos, aprendeu a nadar. Com os macacos, a se balançar nos cipós.
Observando o chifre do rinoceronte, teve a idéia de criar uma ferramenta especial: uma
lança.
Um dia, Kerchak travou uma grande batalha com Sabor. A fera assassina estava quase
vencendo a luta quando Tarzan chegou para ajudar o gorila.
Derrotou Sabor e salvou Kerchak.
Os gorilas ficaram muito contentes! Kala estava orgulhosa. Finalmente, Kerchak aceitava
Tarzan como membro da família!
De repente, ecoou pela selva um barulho terrível e nunca antes ouvido: tiros!
Kerchak imediatamente conduziu sua família para um lugar seguro. Mas, Tarzan ficou
curioso. Correu para ver de onde tinha vindo aquele "trovão”.
Ficou chocado quando viu três criaturas muito parecidas com ele. As criaturas eram o
professor Porter, sua filha Jane e o guia deles, Clayton. Os Porters tinham vindo para a África
estudar gorilas.
Então, Jane foi atacada por um grupo de babuínos. Tarzan logo pulou num cipó para salvála!
Tarzan queria falar com Jane também. Pegou suavemente no queixo da moça e finalmente
os dois se apresentaram.
Kerchak ordenou a Tarzan que ficasse longe daquelas criaturas estranhas e barulhentas. Mas,
Tarzan queria saber mais a respeito delas.
No acampamento dos humanos, Tarzan aprendeu muitas coisas.Tarzan ensinou-lhes a dizer
"Jane fica com Tarzan" na língua dos gorilas.
Kerchak estava furioso com a atitude de Tarzan, levando os humanos para ver os gorilas.
Os bebês macacos adoraram Jane!
Mas, Kerchak os atacou e Tarzan o segurou para que os humanos fugissem.
Kala ,então, resolveu contar a verdade levando Tarzan à casa da árvore para que ele
soubesse da sua origem e pudesse escolher: viver com os macacos ou com os humanos.
Tarzan escolheu Jane!
E todos assistiram à partida do amigo. Estavam mais tristes do que zangados.
A bordo do navio, Tarzan teve uma surpresa desagradável. Clayton assumiu o comando e
deixou-o todo prisioneiros.
Quando soube do plano para capturar macacos, Tarzan deu um grito terrível.
Os amigos da selva vieram todos ajudar Tarzan a salvar os gorilas das garras de Clayton.
Jane e Porter também vieram ajudar os amigos.
De repente, Clayton atira em Kerchak. Antes de morrer, desculpa-se e pede ao filho que
cuide da família, porque de agora em diante, ele seria o grande líder.
E, assim, todos ficaram juntos e viveram felizes para sempre.

Wal Disney