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segunda-feira, 26 de abril de 2010

O CAMELO, O ELEFANTE E O MACACO

Votavam os animais para eleger um rei. O camelo e o elefante se puseram a disputar os
votos, já que esperavam ser preferidos por causa de seu tamanho e sua força. Porém, chegou o
macaco e os declararam incapazes de reinar.
— O camelo não serve - disse - porque não se encoleriza contra os bandidos e o elefante
tampouco nos serve porque teremos de temer o ataque do marrano, animal a quem teme o elefante.
Moral da história: A maior fortaleza sempre se mede no ponto mais fraco.

Esopo

O ADIVINHO

Acomodado em uma praça pública, um adivinho se ocupava em seu ofício. De repente
aproximou-se dele um homem, avisando que as portas de sua casa estavam abertas e que haviam
roubado tudo o que havia em seu interior. Levantou-se em um salto e correu, desengonçado e
suspirando, para ver o que havia acontecido. Um dos que ali se encontravam, vendo-o correr lhe
disse: — Olhe, amigo! Tu que dizes prever o que ocorrerá aos outros, por que não previu o que se
sucederia a ti?
Moral da história: Sempre há pessoas que pretendem controlar o que não lhes corresponde, mas não conseguem administrar suas próprias coisas.

Esopo

A RAPOSA E O LENHADOR

Uma raposa era perseguida por uns caçadores, quando viu um lenhador e suplicou que ele a
escondesse. O homem então lhe aconselhou que entrasse em sua cabana.
De imediato chegaram os caçadores, e perguntaram ao lenhador se havia visto a raposa.
Com a voz ele disse que não, mas com sua mão disfarçadamente mostrava onde havia se
escondido.
Os caçadores não compreenderam os sinais da mão e se confiaram no que disse com as
palavras.
A raposa, ao vê-los irem, saiu sem dizer nada.
O lenhador a reprovou porque, apesar de tê-la salvo, não agradecera, ao que a raposa
respondeu:
— Agradeceria se tuas mãos e tua boca tivessem dito o mesmo.
Moral da história: Não negues com teus atos, o que pregas com tuas palavras.

Esopo

A GATA E AFRODITE

A Gata e Afrodite
Uma gata que se apaixonara por um fino rapaz pediu a Afrodite para transformá-la em
mulher. Comovida por tal paixão, a deusa transformou o animal numa bela jovem. O rapaz a viu,
apaixonou-se por ela e a desposou.
Para ver se a gata havia se transformado completamente em mulher, Afrodite colocou um
camundongo no quarto nupcial.
Esquecendo onde estava, a bela criatura foi logo saltando do leito e pôs-se a correr atrás do
ratinho para comê-lo. Indignada, a deusa fê-la voltar ao que era.
Moral da história: O perverso pode mudar de aparência, mas não de hábitos.

Esopo

A RAPOSA E A SERPENTE

Havia uma figueira à margem de um caminho. Uma raposa viu junto a ela uma serpente
adormecida. Vendo aquele corpo tão largo, e pensando em igualá-lo, se deitou à raposa no chão, ao lado da serpente, e tentou estirar-se o quanto pôde, até que por fim, de tanto esforço, rebentou-se.
Moral da história: Não imites os maiores se não tens condições de fazê-lo.

Esopo

A LEBRE E A TARTARUGA

Uma lebre vangloriava-se de sua rapidez, perante os outros animais:
— Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.
— Aceito o desafio! Disse a tartaruga calmamente.
— Isto parece brincadeira. Poderia dançar à sua volta, por todo o caminho, respondeu a
lebre.
A um sinal dado pelos outros animais, as duas partiram. A lebre saiu a toda velocidade.
Mais adiante, para demonstrar seu desprezo pela rival, deitou-se cochilou. A tartaruga continuou
avançando, com muita perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não teve tempo de correr, para chegar primeiro.
Moral da história: Com perseverança tudo se alcança.

Esopo

A GANSA QUE PUNHA OVOS DE OURO

Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar o
asno porque acreditava que ele estava mais bem alimentado, e lhe disse:
— Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para que
te dêem umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o amuado, chamou o veterinário e lhe pediu um remédio para o pobre. Prescreveu o
curandeiro que necessitava uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito eficiente para
devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o asno.
Moral da história: Em todo plano de maldade, a vítima principal sempre é seu próprio criador.


Esopo