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terça-feira, 8 de junho de 2010

COMO ALFABETIZAR?

Quais os métodos?
Quais os veículos motivadores?
Alfabetizar ou leiturizar?
São tantas as perguntas que algo tão simples acaba por tornar-se complexo, principalmente porque a criança é única, e precisa ser respeitada como um cidadão em processo de desenvolvimento.
Não temos também uma metodologia universal que muitos desejariam para ser usada como instrumento de alfabetização em massa.
No processo de desenvolvimento do trabalho de professor, ensinar se torna aprender a cada diagnóstico de como se dá esse processo.
Várias teorias já foram criadas, estudadas, implantadas, mas nada que dê um resultado esperado, ou seja, cem por cento de sucesso na aquisição da leitura e escrita.
A criança é um ser social e participa de uma vida em comum em uma sociedade: família, comunidades diferentes, clubes, escola,etc.
A leitura é algo que antecede a escrita, isso se torna real para criança, quando ela participa de um mundo escrito a sua volta, não deixando essa questão somente por conta da escola. Segundo o autor Glen Domam, a criança pode iniciar a leitura com 8 meses. ( Como ensinar seu bebê a ler - Glen Domam)
Já trabalhei com crianças de 3 e 4 anos e todos aprenderam a ler aquilo que era apresentado a elas de forma lúdica: palavras, letras, pequenos textos, rótulos,etc. Foi quando o desejo da leitura surgiu procurando saber mais e inciaram a busca por conta própria, num aprendizado que nunca terminará.
A escrita possui um sistema convencional e é algo que pode ser apresentado de forma sistemática, porém lúdica e motivadora. As teorias construtivistas são essenciais porque derrubam um sistema de ensino tradicional e cria um novo paradigma no entendimento do processo de ensino e aprendizagem. Paralelo a isso temos as múltiplas inteligências de um indivíduo, ou seja, uma criança pode não conseguir a aquisição da leitura e da escrita por um único meio mas, se for apresentado a ela vários caminhos, escolhe o que se sente mais a vontade e consequentemente mais produtivo e segue em frente no seu caminho que não termina nas avaliações ou encerramento de semestre, mas que continua por toda vida, criando assim as características de cidadão leitor e escritor sempre que for necessário, ou prazeroso...
Diante de tantas teorias somando com as experiências, ampliei o universo alfabetizador e porque não usar leiturizador e criei uma rotina em sala que os próprios alunos já vem pra sala preparados e sabendo o que vai acontecer, e, adoram poder ter suas atividades fotografadas e filmadas para colocar no blog.
ROTINA
1° Todos os alunos retiram o livro ( Programa Ler e Escrever- livro de textos) da mochila, encontram a parlenda, ou a música, ou o poema, enfim o que ficou combinado pra ler em casa e leem todos juntos. No dia anterior escolhemos um pequeno texto, lemos várias vezes juntos, sendo que eu vou de carteira em carteira, mostrando com o dedo, em cada livro, onde está sendo lido, leio um verso e os alunos repetem até o final do texto. Em casa já conseguem ler para os pais, quem não conseguir pede aos pais para ajudar e voltam pra sala com muito entusiasmo provando que sabem ler aquele texto.Os alunos que não leem em casa seguem um ritmo mais lento, mas todos encontram o texto, circulam palavras indicadas, as vezes sozinhos, as vezes contando com a ajuda dos colegas.
PROJETO COM
Assim que chegam na sala deixam as pastas do Projeto na mesa e esperam que a professora mostre a todos o trabalho realizado em casa e ficam ansiosos para levar outra pasta para casa. Esse Projeto tem alcançado ótimos resultados, pois os alunos junto com a família tem acesso aos diferentes gêneros literários
A familia, juntamente com o aluno, lê, pesquisa, responde as perguntas, tem acesso a todas atividades realizadas por outros alunos.
No primeiro semestre temos as pastas:
JORNAL
REVISTA
MATEMÁTICA
GIBI
ERA UMA VEZ
JOGOS

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ESCRITA
As atividades de escrita na alfabetização são realizadas de forma mais lúdica possível, por meio de atividades impressas com cruzadinhas, caça-palavras, enigmas, nome aos desenhos, auto-ditado,etc.
As atividades são arquivadas em uma pasta específica formando um 'livro' para avaliação e apreciação deles próprios e dos pais.
Iniciamos o ano com atividades relacionadas ao nome próprio e as preferências e referências pessoais, depois prosseguimos com a escrita do alfabeto, indentificando sua utilidade no nosso mundo.
Agora as letras do alfabeto são destacadas, então encontramos um animal cujo nome inicie com a mesma letra (Projeto Zoomania).Estudamos sobre as características deste animal, produzimos atividades de pintura, desenho, ou sucata. Assistimos vídeos para maior conhecimento do animal. A gravura do animal é colocado em um painel com seu nome destacado.Então estudamos várias palavras iniciadas também com a mesma letra.
Os alunos levam, a cada quinze dias, para casa uma lista de doze palavras e estudam, depois leem na sala. Essa atividade também tem produzido ótimos resultados.
Cada animal estudado elencamos uma música, estudamos a letra e cantamos várias vezes. Encontramos palavras e as destacamos na música.
Assim temos uma deversificação de atividades em que o modelo tradicional (como é chamado) de alfabetização pode ser usado paralelamente ao construtivismo construindo uma leitura de mundo e não só de decodificação de letras e palavras
Esse é um ano que tenho alcançado maior resultado sem ser uma profissional que opta somente por um caminho, mas apresentando um leque de informações ao aluno para que ele escolha seu caminho para aquisição da leitura e escrita e deixando que descubra as palavras e como são escritas por meio das informações dadas nas atividades e contando com a ajuda, na maioria das vezes, dos próprios colegas. Os livros da ciranda cultural são ótimos instrumentos motivadores para essa etapa da alfabetização, além de outros paradidáticos. (www.cirandacultural.com.br)

Na sexta-feira os alunos brincam com brinquedos que trazem de casa ou com jogos educativos da escola, levando a sério a brincadeira e promovendo a socialização.

Nesta semana inicaremos o Projeto Arteafa em que por meio da Arte Visual seremos motivados a leitura, escrita, reprodução, conhecimento, etc.

CAMINHOS PARA LEITURA/ESCRITA
. Livros, gibis e revistas na sala de aula ao alcance dos alunos para livre leitura
. Leitura diária de poemas, parlendas, enigmas, pequenos textos, etc.
. Contos infantis e narrações lidos pela professora
. Escrita de palavras, letras, frases e pequenos textos dentro de um contexto

PROJETOS
Projeto COM - diariamente
Projeto Zoomania- a cada 15 dias
Projeto Artealfa - semanalmente.

ENFIM...
Depois de toda essa descrição,concluo que cada dia é uma descoberta numa sala de aula, pois um professor nunca deixa de aprender com cada aluno tornando o dia-a-dia uma experiência única registrada pra sempre em nossa profissão e no nosso coração.
A intenção deste texto não é ditar regras, nem exaltar um trabalho isolado e muito menos concluir que tenho uma rotina pronta. NÂO, mas compartilhar algo que está gerando resultados, e que cada dia é uma surpresa e nos leva refletir e mudar as direções assim que diagnosticamos ineficácia, mesmo que seja de um único aluno.

Professora SUSY

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PROJETO COM - MATEMÁTICA




























Projeto Zoomania


A Foca foi nosso animal motivador para estudo, leitura, artes, escrita, música

A Foca
Toquinho
Composição: Toquinho /
Vinícius de Moraes

Quer ver a foca
Ficar feliz?
É pôr uma bola
No seu nariz.

Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha.

Quer ver a foca
Fazer uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga!

Lá vai a foca
Toda arrumada
Dançar no circo
Pra garotada.

Lá vai a foca
Subindo a escada
Depois descendo
Desengonçada.

Quanto trabalha
A coitadinha
Pra garantir
Sua sardinha.

http://www.youtube.com/watch?v=-iWe2UOAq9Y

sexta-feira, 4 de junho de 2010

LEITURA

RESENHA DO LIVRO - A LEITURA EM QUESTÃO

FOUCAMBERT, Jean. A Leitura em
questão. Arte Médica,
Porto Alegre, 1994.



Apresentação à edição brasileira. Pode-se saber ler?

A construção do saber está fundamentado numa tradição escolar institucionalizada para disfarçar desigualdades sociais e culturais, apresentando teorias que buscam aparentemente mudanças.

"O habito da oralizada, freia o ato da leitura."

Foucambert, inaugura uma concepção pedagógica que visa criar condições de uma prática da leitura não mais centrada na formação do alfabetizado, mas do leitor

A LEITURA DESDE O INÍCIO DA APRENDIZAGEM

O nascimento da Era da Leiturização que traz consigo em sua prática cotidiana o uso elaborado da escrita com reflexão, colocando a Era da Alfabetização como Era ultrapassada, pois a leitura não é só decodificação, mas um processo ideográfico.(Professor CUCA - UNESP - ARARAQUARA - 1997)

INTRODUÇÃO

Cap I - As abordagens mediáticas

Cap II - O que é aprender a ler?

Até 1970 o saber ler era um significado ao escrito, transformando-o em oral,sendo que isso é saber decifrar e não ler. A leitura é um ato, podendo exemplificar que: um quimíco que estuda sobre a água exija-se dele que dê informações sobre natação e caminhada em diferentes velocidades, ou como um ciclista e um pedestre que resolvem caminhar juntos, ainda que empreguem o mesmo vigor e façam o mesmo esforço não percorrem a mesma distância.

A leitura é atribuição voluntária de um significado à escrita e fazer versão oral de um escrito mais ter acesso à escrita e interagir sobre ela.

"Um poema ou uma receita , um jornal ou um romance, provocam questionamentos, exploração dos textos e respostas de natureza diferentes; mas o ato de ler, em qualquer caso é o meio de interrogar a escrita e não tolera a amputação de nehum de seus aspectos. " (p.5)

A questão da avaliação da leitura na escola pode se tornar o próprio objeto de ensino, visualizando um aspecto particular limitado da leitura, impedindo com isso o desenvolvimento de autênticas estratégias de leitura.

A criança no seu desenvolvimento interage com seu meio e cria significado, entrando em contato com a escrita da sua vida cotidiana (televisão, na rua , em casa, na internet, etc), ela constroe seu conhecimento através dessa interação, isso não é algo dado, mas, construído. A escola torna o conteúdo da aquisição da escrita outra realidade que não é a sua, tornando significados de leitura e escrita totalmente sem significado para a criança, colaborando para o desencorajamento da criança em relação à vida escolar, pois lhe é alheia à sua realidade, pois a escola supõe que inculcando um sistema pronto e acabado porém abstrato referente a grafia de palavras e sua promoção faz dessa criança um leitor.

O professor deve ser um leitor, deve amar a leitura e ter a consciência da utilidade fundamental da leitura em todas as áreas da vida da criança.

O professor também deve ser um perito em literatura infantil e estar atento quanto as inovações para assim atingir os diferentes interesses da criança, apresentando textos de diferentes conteúdos pedagógicos e também ter acesso a um amplo material pedagógico. O ensino da leitura tem a vantagem de alcançar todas as disciplinas, pode-se promover leitura em Matemática, Ciências, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Geografia, História, Cultura, Educação Física, Jogos, Passeios, Teatros, Televisão, Etc.

O ensino eficaz da leitura não está restrito ao domínio de regras de leitura , nem em aprendizagem de uma fonética perfeita, nem no ensino de letras e palavras separadamente do texto e contexto. O ensino da leitura como o ensino de outras disciplinas deve acontecer de modo com que a criança participe e interaja. As vezes as crianças devem errar para poder acertar, muitas vezes não há um feed back imediato, isso não quer dizer que houve um fracasso no desenvolvimento.
A leitura não deve ser aproveitada para melhorar a ortografia e a expressão escrita, isso acontecerá por consequencia, porém se o objetivo do ensino da leitura for ortografia e escrita com certeza dificultará a aprendizagem.

II As pessoas dizem: - 'Eu sei ler, mas me dá dor de cabeça quando leio por muito tempo'.

A escola é um momento de formação do leitor, essa formação deve ser de maneira permanente onde mesmo após a escolarização individuo adquiriu uma consciência e amor pela leitura a ponto de criar novos conhecimentos através da leitura fora da escola..

A leitura deve ser descolarizada, ou seja, deve ser motivo de ensino em todos os setores educacionais, porém nossa sociedade tende a fornecer outros recursos,inclusive os audiovisuais onde o conhecimento vem mais pelo ouvir, apresentando conhecimentos superficiais e não aprofundados.

Cabe ao professor em seu papel de educador formar o leitor desde o jardim da infância e mesmo depois de adulto será um leitor permanente.

III O ANALFABETISMO NÃO É MAIS AQUELE

" Quem decifra as palavras de um cartaz, de um manual de instruções, de um cartão postal ou de um programa de televisão, na maioria das vezes pronunciando-as, não vê a escrita da mesma maneira que aquele que mergulha num romance, saboreia um poema ou descobre, em poucos momentos, as notícias impressas nas trezentas mil palavras de seu jornal diário. A situação dos indivíduos não leitores é critica, pois o que podemos observar na sociedade, é que verdadeiros leitores são formados quando é iniciado o amor, a dedicação e a atenção pela leitura em casa e encontrando ou não ambiente escolar favorável, o indivíduo bem estruturado em sua família, se tornará um bom leitor e a leitura se tornará prazerosa. A leitura hoje é uma questão de status, um leitor não abre mão de seu jornal diário substituindo-o pelo jornal da televisão, muito menos não se priva da leitura de um romance e muito menos troca-o por um filme.
É utopia pensar em generalizar a leitura, mesmo quando a Educação atinja os adultos alfabetizando-os, pois a leitura em potencial não está restrita à alfabetização de adultos, esses novos alfabetizados nunca terão acesso à informação que acompanha o poder, pois sua informação é restrita à escrita e não a leitura ampla e diversificada. Isso gera um saber precário e pessoas de fácil manipulação do poder vigente, mas com a aquisição de um restrito conhecimento, afasta-os, um pouco, dos caminhos da marginalidade.
Mas (re)pensando a nossa formação como pedagogas, a utopia está vinculada com a Pedagogia, pois acreditamos na Educação para transformação, talvez o que pudesse ajudar na leiturização da nossa sociedade, seria um projeto educacional sobre leitura, levando o indivíduo a interagir sobre o livro, na nossa sociedade.

A escola deve (re)considerar o ensino da leitura e ter como projeto no sistema de ensino a formação de verdadeiros leitores.

"Ser leitor é querer saber o que se passa na cabeça de outro, para compreender melhor o que se passa na nossa. Essa atitude, no entanto, implica a possibilidade de distanciar-se do fato, para ter dele uma visão de cima, evidenciando de um aumento do poder sobre o mundo. Ao mesmo tempo implica o sentimento de pertencer a uma comunidade de preocupações que, mais que um destinatário, nos faz interlecutores daquilo que o autor produziu. Isso vale para todos os tipos de textos, seja um manual de instruções, seja um romance, um texto teórico ou um poema." (pag. 30)
AS CONDIÇÕES PARA SE PARENDER ALER
"Assim como para aprender a língua materna ou um idioma estrangeiro, aprender a ler exige estar integrado num grupo que de fato já utiliza a escrita para viver e não para aprender a ler" (pag 31)

Para aprender a ler, enfim, é preciso estar envolvido pelos escritos os mais variados, encontrá-los, ser testemunha e associar-se à utilização que os outros fazem deles quer se trate dos textos da escola, do ambiente, da imprensa, dos documentários, das obras de ficcção. Ou seja é impossível tornar-se leitor sem essa contínua interação com um lugar onde as razões para ler são intensamente vividas, mas é possível ser alfabetizado sem isso..." (pag31)
A questão no momento é aprender a ler", segundo Jean Piaget a aprendizagem se dá através do desiquilíbrio (esquema...)
Na fase de aprendizado, o meio deve proporcionar à criança a ajuda para utilizar textos "verdadeiros" e não simplificar os textos para adaptação às possibilidades atuais do aprendizado. Não se aprende primeiro a ler palavras, depois frases, mais adiante textos e, finalmente, textos dos quais se precisa. Aprende-se a ler aperfeiçoando-se,desde o início, o sistema de interrogação dos textos de que precisamos, mobilizando o 'conhecido', como está na mente, para o desconhecido, que está no papel.

O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA
Jean Foucambert, pequisador e especialista da leitura apresenta várias características da situação social atual.
"Em todos os países industrializados, verifica-se um aumento muito rápido do número de analfabetos entre populações que foram normalmente alfabetizados, mais de dez por cento de uma faixa etária na França, acima de quinze por cento nos Estados Unidos, com um crescimento anual da ordem de um milhão a 1.500 mil! Esse fenômeno revela que as técnicas alfabéticas, relativamente bem adaptadas a uma escrita que funciona como oral defasado, não correspondem mais a necessidade da comunicação escrita que, para ser satisfeita, pressupõe o uso de ferramentas de melhor desempenho" (p32)
"As pesquisas realizadas na França sobre o nível de leitura dos alunos da sexta série revelam que 20% das crianças não retiram da escrita informações suficiente para que se possa falar em compreensão, ou seja, em leitura; 64% dos alunos têm uma velocidade de leitura inferior à velocidade da fala e utilizam mais ou menos corretamente estratégias alfabéticas oriundas da combinatória grafema-fonema; apenas 16% ( um aluno em 6) recorrem ( na maioria das vezes, de uma maneira muito mediocre) a comportamentos que permitem dizer que são leitores.
OS AVANÇOS POSSÍVEIS
Escola Nova propõe objetivos para alfabetização que devem ser revistos em relação à leiturização.
O trabalho do professor na sala de aula quanto a leitura deve ser voltado na maneira de como o professor pode provocar a interação do aluno com a leitura e não estar restrito à conteúdos teóricos específicos.
A escolha dos métodos deve preocupar o professor, quando este é consciente, de que a criança é detentora da sua própria maneira de aprender, pois a criança possui curiosidade e necessidade de participar da vida social, e, pra isso que, compreender os eu meio, e a si mesmo, seu tempo e espaço, compreensão essa, muitas vezes limitadas pela metodologia docente antiquada. A criança necessita produzir leitura para transformar e agir sobre seu meio.
O professor em suas multiplas funções deve ser um perito em literatura infantil analisando-as profundamente para direcionar seus educandos, proporcionando visitas constantes aos acervos de livros.
CONCEITO
A leitura é um conjunto de estratégias ideovisauis que utilizam os índices contidos na camada ideográfica da escrita que é anlisada sintaticamente e não por memorização, por isso a leitura deve ser ensinada inicialmente com texto longos, centrados diretamente na experiência e nas preocupações das crianças, mesmo que a criança não sabia ler, mas que possua a necessidade de leitura, procurando respostas feitas pelo professor, e ou pelo aluno, de hipóteses e reflexão, na qual a criança deve contar com a ajuda do professor.
O APERFEIÇOAMENTO DA LEITURA
Pode acontecer de várias maneiras acesso à informação com softwares educativos, com técnicas de leitura, criação na escola de um laboratório de leitrua ,onde a criança poderia ter acesso a um profissional que estaria atento ao aperfeiçoamento da criança quanto ao desenvolvimento da aprendizagem da leitura, aprofundamento teórico, motivação maiores, etc.
A ortografia deve ser ensinado em consequência da leitura.
A leitura deve anteceder à escrita, pois a criança só poderá produzir textos a partir de suas experiências com a escrita. A proposta curricular vigente em Língua Portuguesa visa a alfabetização através da produção de textos sobre a base que a criança contrói seu conhecimento. Isso também é uma base teórica de ótima qualidade, porém, não se visa leitura e nem se tem propostas para leiturização processo que antecede a alfabetização.
As abordagens teóricas
Leitura- não é decodificar o escrito através da oralização, mas atribuir sentido ao que se está escrito: aprende-se a ler lendo, tudo o que está a volta do leitor, porém, o sistema de escrita nas localidades sociais (ruas, edifícios, estações,etc) tem-se simplificado usando ao invés de escritos em muitos lugares símbolos, com placas, marcas, desenhos de um homem no banheiro masculino, etc.
A escola por sua vez ao cumprir sua tarefa de cientificidade, levando o aluno a interagir ao seu meio deve proporcionar um mundo visual de leitura muito mais complexo.
A leitura baseada no significado que é atribuído é diferenciada pela simples decodificação de letras como no caso de um criança ler a seguinte frase: ' Mamãe de Ana foi a feira' A criança atribui significados de uma realidade a uma situação levantada na sala de aula em que a mamãe ( ) de Ana (colega de classe) foi a feira (lugar onde vende verduras). Ao contrário de uma situação em que a mesma frase pode atribuir siguinificados totalmente alheios a realidade da criança, mas que faz parte de um mundo escolar em que a criança passa parte de seu dia e que precisa memorizar porque será avaliada por isso, como Mamãe (m+a=ma; ma+ma = mama, com um til em cima fica mã, decodificando mamãe, e assim com todas as outras palavras, no sentido ortográfico.
O acesso à escrita iniciado pela leitura inicia-se pelo que ela já conhece, ou seja, inicia-se pelo sistema oral (de conversação), levando a uma compreensão da comunicação oral, partindo do sistema fonológico conheicido pela fala para os sistema da escrita.
A decodificação aprisiona, é limitado, monótomo, mesmo quando se apresenta dentro de um contexto, o objetivo na leitura não é ensinar a decifrar.
A hetereogenidade encontrada nas escolas atuais principalmente nas estaduais, com crianças de diferentes interesses é um dos pontos fundamentais e positivo pela sua complexidade de textos com diferentes questionamentos. A intervenção pedagógica deverá levar os educando a refletirem sobre os diferentes assuntos, a questionar a descobrir muitos por quês, as conscientizações da complexidade da vida social, pois a leitura é uma função social, e o indivíduo só aprende a ler quando se encontra inserido num grupo social que lê, assim se aprenderá qualidades e quantidades de textos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

SAMUEL






QUE LINDOOOOOOOOOOOO


MEU NETO TAMBÉM É UM ARTISTA!!!!!

domingo, 30 de maio de 2010

PROJETO: ARTEALFA


O Universo das Artes Plásticas e a Alfabetização
JUSTIFICATIVA:
Na sala de  aula, em meio das experiências de aprendizagem dos alunos, a cada dia descubro o quanto  a Arte contribui para o processo de aquisição da leitura e da escrita.
A Arte, na verdade cria uma ponte de acesso entre o emocional e o cognitivo, facilitando o processo de ensino e aprendizagem, possibilitando uma leitura de mundo mais complexa, e, ao mesmo, tempo prazerosa. Isso só a Arte pode fazer. Ela propicia ao aluno o desenvolvimento de sensibilidade, da percepção e da imaginação, tanto no ato criador quanto na apreciação da obras de arte e da própria natureza. O aluno que exercita continuamente a sua imaginação está mais preparado para realizar atividades de outras disciplinas, como textos mais ricos, relações mais amplas com períodos históricos ou estratégias pessoais para resolver problemas.

CONCEITO DE ARTE:
ARTE: "A dança., o teatro, a música, a literatura,artes visuais e artes plásticas representam formas de expressão criadas pelo homem como possibilidades diferenciadas de dialogar com o mundo. Esses diferentes domínios de significados constituem espaços de criação, transgressão, formação de sentidos e significados que fornecem aos sujeitos, autores ou contempladores, novas formas de inteligibilidade, comunicação e relação com a vida, reproduzindo-a e tornando-a objeto de reflexão."
" A contemplação é um ato de criação, de coautoria. Aquele que aprecia a obra continua a produção do autor ao tomar para si o processo de reflexão e de compreensão"

OBJETIVOS:
Arte - A Arte requer do artista: disciplina, estudo, pesquisa e um local para trabalhar onde possa desenvolver sua criatividade com liberdade.
A criança está em um processo de descobrir tudo isso e também num momento muito lindo de criação, o que torna a Arte um dos meios motivadores para facilitar o processo de aquisição da leitura e da escrita, não como obrigatoriedade, mas como mais um recurso motivador.

PROCEDIMENTO
A partir do estudo da vida e obra de um artista escolhido e uma obra selecionada daremos início primeiramente à visualização dos aspectos gerais e também os detalhes. A motivação da escrita se dará por meio de perguntas referente a obra. A escrita se dará de forma espontânea e também o professor poderá ser, em algum momento, o escriba dos seus alunos.
Os registros dos alunos serão arquivados em um caderno individual específico.


PRODUTO FINAL
Exposição dos cadernos de registros e dos cartazes produzidos durante o desenvolvimento do projeto.

AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua e ocorrerá durante o desenvolvimento do projeto e também no produto final.

CONTEÚDO:

·        Leitura de painéis de diferentes artistas plásticos.( cores usadas, movimentos, lugares, formas, etc.)
·        Desenho como releitura de cada obra usando, para isso, técnicas diferentes e os mais diferentes materiais possíveis.
·        Registros de algo que se pode ler ( nome das cores usadas, nomes das formas usadas, nome dos lugares. Texto do que a classe sentiu ao ler a obra, possível depoimento de algum aluno...
·        Confecção de releituras em grupo confeccionando cartazes e confecção de um caderno de desenho individual.

MATERIAIS PARA CADA ALUNO:
·        1 JOGO DE TINTA PLÁSTICA;
·        1 JOGO DE AQUARELA;
·        24 LÁPIS COLORIDO;
·        1 CADERNO DE DESENHO DE CAPA DURA;
·        1 BLOCO DE PAPEL CANSON; A3
·        1 BLOCO DE PAPEL COLORIDO;
·        2 LÁPIS PRETO; tipo B (macio) ou HB (médio),
·        1 APONTADOR;
·        12 GIZ DE CERA COLORIDO;
·        1NANQUIM PRETO
·        1 NANQUIM COLORIDO;
·        1 PACOTE PEQUENO DE COTONETES;
·        1 PACOTE DE ALGODÃO;
·        1 METRO DE TECIDO DE ALGODÃO BRANCO  PARA PAINEL;
·        RETALHOS PARA LIMPEZA DE PINCÉIS;
·        1 TESOURA SEM PONTA;
·        1 COLA BASTÃO MARCA PRIT;
·        3 COLA BRANCA GRANDE;
·        1 FITA ADESIVA TRANSPARENTE;
·        2 FITA ADESIVA COLORIDA;
·        PAPEL COLORSET: PRETO, VERMELHO, AMARELO FORTE, VERDE ESCURO, AZUL ESCURO, ROXO.
·        1 PACOTE DE COPINHO DE CAFÉ;
·        1 PACOTE DE PALITO DE SORVETE COLORIDO;
·        1 PACOTE DE PALITO DE SORVETE SEM COLORAÇÃO;
·        1 PACOTE DE PAPEL TOALHA;
·        1 PACOTE DE ARGILA;
·        1 CAIXA DE MASSA DE MODELAR;
·        1 JOGO DE CANETA HIDROCOR;
·        2 FRASCOS DE COLA COLORIDA COM GLITER;
·        LANTEJOULAS COLORIDAS;
3 PINCÉIS MACIOS DA MARCA TIGRE: 1 REDONDO Nº 8 E UM Nº 0, UM CHATO Nº 12;
1 REVISTA PARA RECORTE;
1 CADERNO DE CRIATIVIDADE TILIPAPAER LUMINI – TILIBRA 210 X 297 MM-5.

MATERIAL PARA SALA

·        CANETA DE RETROPROJETOR;
·        PAINÉIS DE PINTURA DE DIFERENTES ARTISTAS;
·        CLIPS;
·        ETIQUETAS;
·        FURADOR DE PAPEL;
·        GRAMPEADOR;
·        PLACAS DE EUCATEX – PARA TRABALHAR A ARGILA;
·        TESOURAS GRANDES;

·        COTA DE XEROX PARA AS DIFERENTES ATIVIDADES;

ATIVIDADES:

1. ATELIÊ

Um ateliê é um lugar onde o artista trabalha, guarda seus materiais e cria sua Arte. O artista nunca segue uma regra para criar suas obras, simplesmente escolhe uma técnica de pintura, desenho, escultura... e faz suas experiência até conseguir o que imaginava anteriormente.
A criação de cada obra na maioria das vezes inicia-se na mente, na imaginação do artista para depois se concretizar por meio do uso dos materiais.
Falando em materiais vamos imaginar e depois fazer uma lista dos materiais que podem fazer parte de um ateliê

sugestão de lista, porém os alunos devem elencar os materiais...

mesa
pia com torneira
lápis grafite
lápis colorido
tintas
porta-lápis
apontador
lixa
borracha
papéis copos
pincéis
pano de limpeza
recipiente para tintas
luz
computador
revistas e livros
cadernos

2. DESENHOS

A - DESENHO COM LÁPIS GRAFITE
Para fazermos desenhos com linhas usamos lápis macio, tipo B (macio) ou HB (médio), H (duro), F (firme)
A Artista, Tarsila do Amaral, por exemplo, sempre carregava consigo um lápis e caderno para registrar suas idéias.
DICA: usando o lápis 6B inclinado o risco do desenho fica mais grosso e depois podemos usar um cotonete para espalhar o pó do grafite criando uma sombra.
O papel dúplex é usado por artista de desenho grafite, pois é um papel mais firme.
Olhando uma obra de Arte da Tarsila vamos fazer um desenho só de linhas.

Aprendendo um pouco sobre Paul Klee e observando suas obras de arte, vamos tentar fazer o mais parecido possível uma das obras do artista e depois escrever tudo o que fizemos em forma de lista de palavras.

3.Lápis de cor
O lápis Colorido pode ser usado em vários tipos de papel.
O lápis é feito com grafite, cera, cola e pigmento em pó.
Um papel com textura sempre resulta em efeito diferente.
Pintar e desenhar é algo livre e criativo, sem medo de errar. A força ou a leveza nas mãos também causa efeitos na pintura.
O lápis branco pode ser usado sobre papéis coloridos ou sobre outras cores para clarear ou dar a impressão de luz.
Usando um pincel molhado sobre a pintura, ou pintando sobre um papel molhado, teremos outro efeito.
Quantas cores de lápis temos?
Olhando para uma obra de Tarsila do Amaral. Vamos pintar com o lápis colorido
O que podemos observar na obra?
Vamos listar tudo o que observamos.




Olhando para outra obra de Tarsila vamos fazer parecido usando o lápis colorido depois passaremos um pincel com água para vermos o efeito.

O que podemos observar?

No papel preto, usando o lápis branco, crie o seu desenho.

Em uma outra folha usamos o giz de cera colorido toda a folha e depois vamos cobrir com Nanquim. Quando estiver seco vamos criar mais uma obra de arte com um lápis sem ponta.
4.________________________ continua...

terça-feira, 25 de maio de 2010

MÃES MÁS


Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

"Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão".

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que eles soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar pelas balas que tiraram da mercearia, ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé duas horas junto deles, enquanto limpavam o quarto: tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por eles, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que poderiam me odiar por isso - e em alguns momentos até me odiaram.

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci... porque no final eles venceram também!

E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer, quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: "Sim... Nossa mãe era má! Era a mãe mais má do mundo..."

As outras crianças comiam doces no café da manhã, e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas.

As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvete no almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.

E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora - tocava nosso celular de madrugada.

Era quase uma prisão; mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que eles faziam.

Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorasse só uma hora ou até menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil.

Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos que achávamos cruéis.

Eu acho que ela dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata.

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos.

Tinham que subir, bater à porta para ela os conhecer.

Enquanto todos podiam voltar à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16 para chegar mais tarde, e aquela "chata" levantava para saber se a festa foi boa - só para ver como estávamos ao voltar.

Por causa de mãe, nós perdemos algumas experiências da adolescência.

Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

Foi tudo por causa dela.

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o nosso melhor para sermos "Pais Maus", tal como a nossa mãe foi.

Eu acho que é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes
"MÃES MÁS".