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sábado, 19 de junho de 2010

ALFABETIZAÇÃO: ONDE SE ENCONTRA A MOTIVAÇÃO?

LETRAMENTO X ALFABETIZAÇÃO
A escrita é a representação gráfica da fala, do pensamento, dos eventos reais ou imaginários.
O letramento é um fenômeno sócio-histórico subordinado às condições sociais e que podem ou não estar vinculados com a alfabetização, pois o letramento é capaz de alcançar vários níveis de desenvolvimento social e individual, ou seja, o letramento determina a alfabetização por meio de atividades de leitura de forma variada, para uma alfabetização constante diante de novos desafios.
É necessário que um aluno da escola seja conduzido a descobrir qual é o objetivo do letramento diante da sociedade, e o seu objetivo individual, ou seja, qual o motivo que o conduz ao conhecimento.
No século XVIII, época do iluminismo, surgiu a intencionalidade diante da leitura e a escrita para tornar mais culto os cidadãos da época, porém, por detrás desta boa intenção de igualdade diante da leitura, estava o desejo de manipulação e domesticação das ideias. Esse movimento deu origem a regras do bem escrever, para que os sujeitos fossem explicitados no texto e os conteúdos claros e éticos, para que não desse asas a reflexão, mas que apenas informassem por meio de uma leitura ao pé da letra , criando uma ILUSÃO DO SABER.
Refletindo sobre isto podemos pensar que nos nossos dias uma pequena nota de rodapé, pode ser colocada propositalmente em um determinado lugar para impedir uma leitura crítica e distrair o leitor, levando-o a ler somente aquilo que o autor ( palavra que lembra autoridade, autoria) deseja, produzindo um leitor inerte e passivo.
O leitor deve ter a priori uma reflexão do contexto que o texto foi produzido, ou seja, conceitos históricos e sociais, porém ler um texto inserindo-o no contexto histórico-social é algo quase que inacessível à toda população brasileira, pois possuímos uma cultura que produz regras de dominação cultural e que para se sair delas totalmente é necessário uma reeducação e um senso critico aprimorado para ler em todas as entrelinhas textuais.


o letramento por produzir sentidos, com certeza determina a ação do individuo. Do mesmo modo que pode existir, numa sociedade, indivíduos letrados e não alfabetizados, também existe indivíduos alfabetizados que não são letrados, porém para uma participação eficaz do sujeito na sociedade é necessário uma formação discursiva mas letrada, e essa formação não está à disposição de todos os indivíduos numa formação social.

O indivíduo muitas vezes é impedido de uma descentração de uma determinada leitura, e refletir sobre os vários aspectos que intervém na ideia central e no discurso escrito, que, possuem sentidos construídos por aquele que dominam e desejam a continuação de um discurso dissimulado para que o letramento aconteça de forma passiva permitindo que a sociedade continue como está, gerando indivíduos passiveis e de fácil manipulação.


A escrita é ao mesmo tempo instrumento para libertação de idéias impostas e condenação, sob julgo de idéias, que não permite reflexão pela própria formação do receptor.


O letramento é,portanto, um instrumento para produção de sentidos, porém se encontra regrado para que o poder dominante continue domesticando uns,comandando outros e até mesmo excluindo os analfabetos e também os alfabetizados incapazes das práticas do letramento.



A LEITURA COMO PRODUTORA DO SENTIDO



A escrita é um processo que tem sua origem na história milenar, com ela a linguagem passou as ser vista; produzindo livros para ampla circulação de idéias, gerando sentidos na maioria das vezes presos por idéias circulares.


O nosso sistema alfabético de escrita permite ser lido pela visão e audição, pois as letras representam a fala.


A leitura se funde numa ambiguidade apresentando uma técnica de produção sonora, por meio da decodificação da grafia feita pelo leitor alfabetizado, que transforma letras em fonemas, reproduzindo o que está escrito pela oralização, facilitando assim o acesso a informação escrita por intermédio de outros indivíduos, hoje este mecanismo atinge a população em massa, por meio dos veículos de comunicação: rádio, televisão, internet. etc. A leitura é também uma produção semântica que se utiliza dos olhos num analise maior.

O indivíduo alfabetizado tem a língua como objeto do conhecimento, o suporte para leitura da qual se esmera no aprender sem o objetivo maior, quando atinge esse conhecimento de que se propôs não encontra mais objetivos para continuar o processo de leitura e consequentemente a busca do conhecimento contínuo em toda sua vida. A escrita é, portanto, o suporte para o indivíduo alfabetizado.
Já o leitor seleciona à priori o que vai ler, construindo estratégias para leitura e incorpora aspectos e perspectivas pela visão, por meio de estratégia gráfico-semântica(ideográficas) e intelectuais que lhe transmite informação processando a compreensão, construindo o significado do texto escrito; é portanto um fabricante do sentido, mesmo quando isso acontece a partir de uma leitura de um símbolo de COCA-COLA e caminha para uma leitura cada vez mais complexa e significativa.


Conclusão: A alfabetização conduz a decodificação de símbolos e a abstração demorada de algumas informações, entendendo por partes, e não o todo; já a leitura é um processo de interiozação de conceitos externos e explicitados por meio da escrita para um maior entendimento da realidade que cerca o leitor.




LEITURA E SOCIEDADE BRASILEIRA



É difícil pensar em educação e com ela uma leitura eficaz sem antes pensar na questão social. É necessário mudar o conceito de Educação que abarca um ensino escolar e repensá-lo num âmbito social, e, com ela, a democracia.
Um individuo decifrador com certeza não usufrui da democracia da qual está inserido, pois o seu acesso a cultura é limitado, e ele também terá poucas chances de conhecer as estratégias dos dominadores deste mundo e por isso será sempre dominado.


Os danos da alfabetização, no Brasil, não está vinculado na mudança de métodos e sim na exigência do direito real que se encontra formalizado nas leis para o acesso de leitura e escrita. É preciso repensar a alfabetização, pois a simples decodificação não forma cidadão consciente e sim a leitura esclarece e torna cidadão ativos.


A necessidade das crianças alcançarem um nível de leitura ou mesmo de alfabetização é acompanhada da necessidade do professor frente a uma classe de alunos tido como único responsável e capaz de atender a todos nas suas necessidades individuais, isso sem falar na questão salarial e nos recursos materiais tanto da escola como dos alunos.



Diante desta realidade brasileira, antes de pensar sobre a questão da leitura como algo que deva ocorrer dentro e fora da escola é preciso analisar que um grande número de indivíduos da nossa sociedade são analfabetos e que a escola abarca com grandes dificuldades pela sua má estruturação e do modo como vem funcionando.






PRÉ´- ESCOLA?

A pré escola vem cumprindo, ao longo dos anos, o papel do setor social de assistencialismo à criança e também provoca a socialiazação entre elas.
A pré escola ainda se encontra desvinculada com o ensino de primeiro grau e não possui propostas pedagógicas que tratem da questão preparatórias para alfabetização.
O sucesso de uma criança na primeira série em passar do nível silábico para o alfabético pode ser ajudado pela qualidade do ensino pré-escola e não somente na frequência à ela.
Culpar uma criança pela incapacidade de passar de um nível pré silábico para o silábico e depois para o alfabético, é um crime. É necessário primeiro rever as questões sociais e históricas, que norteiam a criança, e analisar a instabilidade, impulsividade, incapacidade de integração e pobre auto-conceito, mesmo quando esta criança tenha ou não "passado" pela pré-escola.
Uma criança com problemas sociais e econômicos ou de ordem histórica, possui lacunas que precisam ser supridas, não devemos encarar isso como fracasso escolar.
A própria necessidade ou deficiência psiquica, decorre do sócio-histórico, e a situação escolar não é um caso ou outro de criança que não chegam ao nível alfabético, ou que encontram outros tipos de dificuldade de aprendizagem, mas que é um grande número, e isto se torna alarmante quando pensamos em uma sociedade futura que será regida por nossas crianças de hoje.
A analise psicológica da criança não deve limitar-se somente dentro dos parâmetros psicológicos, mas considerar o processo histórico que nortearam sua vida social, carregando em seu consciente e inconsciente, muitas vezes entraves e comprometimento psicológico, e que mesmo uma intervenção pedagógica de qualidade não sana este mal, mas é necessário que as lacunas sociais e históricas sejam supridas ou pelo menos amenizadas


AZEVEDO, Maria Amélia e Marques, Maria Lúcia (org), Alfabetização Hoje, São Paulo, Cortez, 1994.



FLEICHER, Philip e CASTRO, Cláudio de M. Os mitos, as estratégias ne as prioridades no ensino de 1° grau in: Educação e Realidade

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ESCRITA COM LETRAS MÓVEIS





Presentes

PRESENTE DA NOSSA DIRETORA


NUNCA ESQUECEREMOS DA NOSSA QUERIDA D. TINA QUE COM TANTA DEDICAÇÃO SE DEDICOU À EDUCAÇÃO POR TANTOS ANOS SEM MOSTRAR CANSEIRA, E, AOS SETENTA ANOS ,SE APOSENTA COM UMA BELA HISTÓRIA DE LUTA, DEDICAÇÃO E AMOR AO TRABALHO. OBRIGADO PELO EXEMPLO!
Adorei o presente das minhas queridas amigas
Mariana e Márcia
Obrigadooooooooooooooo

Projeto Zoomania - Coelho

O coelho é o tema em estudo desta semana
Já descobrimos suas características além de aprender muitas palavras que iniciam com a mesma letra que incia seu nome. Ouvimos histórias, aprendemos músicas, lemos, escrevemos além dos vídeos e mais atividades que ainda estão por vir.



COELHINHO DA PÁSCOA,
QUE TRAZES PRA MIM?
UM OVO, DOIS OVOS,
TRÊS OVOS ASSIM.

COELHINHO DA PÁSCOA,
QUE COR ELES TÊM?
AZUL, AMARELO E VERMELHO TAMBÉM,
AZUL, AMARELO E VERMELHO TAMBÉM

terça-feira, 8 de junho de 2010

COMO ALFABETIZAR?

Quais os métodos?
Quais os veículos motivadores?
Alfabetizar ou leiturizar?
São tantas as perguntas que algo tão simples acaba por tornar-se complexo, principalmente porque a criança é única, e precisa ser respeitada como um cidadão em processo de desenvolvimento.
Não temos também uma metodologia universal que muitos desejariam para ser usada como instrumento de alfabetização em massa.
No processo de desenvolvimento do trabalho de professor, ensinar se torna aprender a cada diagnóstico de como se dá esse processo.
Várias teorias já foram criadas, estudadas, implantadas, mas nada que dê um resultado esperado, ou seja, cem por cento de sucesso na aquisição da leitura e escrita.
A criança é um ser social e participa de uma vida em comum em uma sociedade: família, comunidades diferentes, clubes, escola,etc.
A leitura é algo que antecede a escrita, isso se torna real para criança, quando ela participa de um mundo escrito a sua volta, não deixando essa questão somente por conta da escola. Segundo o autor Glen Domam, a criança pode iniciar a leitura com 8 meses. ( Como ensinar seu bebê a ler - Glen Domam)
Já trabalhei com crianças de 3 e 4 anos e todos aprenderam a ler aquilo que era apresentado a elas de forma lúdica: palavras, letras, pequenos textos, rótulos,etc. Foi quando o desejo da leitura surgiu procurando saber mais e inciaram a busca por conta própria, num aprendizado que nunca terminará.
A escrita possui um sistema convencional e é algo que pode ser apresentado de forma sistemática, porém lúdica e motivadora. As teorias construtivistas são essenciais porque derrubam um sistema de ensino tradicional e cria um novo paradigma no entendimento do processo de ensino e aprendizagem. Paralelo a isso temos as múltiplas inteligências de um indivíduo, ou seja, uma criança pode não conseguir a aquisição da leitura e da escrita por um único meio mas, se for apresentado a ela vários caminhos, escolhe o que se sente mais a vontade e consequentemente mais produtivo e segue em frente no seu caminho que não termina nas avaliações ou encerramento de semestre, mas que continua por toda vida, criando assim as características de cidadão leitor e escritor sempre que for necessário, ou prazeroso...
Diante de tantas teorias somando com as experiências, ampliei o universo alfabetizador e porque não usar leiturizador e criei uma rotina em sala que os próprios alunos já vem pra sala preparados e sabendo o que vai acontecer, e, adoram poder ter suas atividades fotografadas e filmadas para colocar no blog.
ROTINA
1° Todos os alunos retiram o livro ( Programa Ler e Escrever- livro de textos) da mochila, encontram a parlenda, ou a música, ou o poema, enfim o que ficou combinado pra ler em casa e leem todos juntos. No dia anterior escolhemos um pequeno texto, lemos várias vezes juntos, sendo que eu vou de carteira em carteira, mostrando com o dedo, em cada livro, onde está sendo lido, leio um verso e os alunos repetem até o final do texto. Em casa já conseguem ler para os pais, quem não conseguir pede aos pais para ajudar e voltam pra sala com muito entusiasmo provando que sabem ler aquele texto.Os alunos que não leem em casa seguem um ritmo mais lento, mas todos encontram o texto, circulam palavras indicadas, as vezes sozinhos, as vezes contando com a ajuda dos colegas.
PROJETO COM
Assim que chegam na sala deixam as pastas do Projeto na mesa e esperam que a professora mostre a todos o trabalho realizado em casa e ficam ansiosos para levar outra pasta para casa. Esse Projeto tem alcançado ótimos resultados, pois os alunos junto com a família tem acesso aos diferentes gêneros literários
A familia, juntamente com o aluno, lê, pesquisa, responde as perguntas, tem acesso a todas atividades realizadas por outros alunos.
No primeiro semestre temos as pastas:
JORNAL
REVISTA
MATEMÁTICA
GIBI
ERA UMA VEZ
JOGOS

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ESCRITA
As atividades de escrita na alfabetização são realizadas de forma mais lúdica possível, por meio de atividades impressas com cruzadinhas, caça-palavras, enigmas, nome aos desenhos, auto-ditado,etc.
As atividades são arquivadas em uma pasta específica formando um 'livro' para avaliação e apreciação deles próprios e dos pais.
Iniciamos o ano com atividades relacionadas ao nome próprio e as preferências e referências pessoais, depois prosseguimos com a escrita do alfabeto, indentificando sua utilidade no nosso mundo.
Agora as letras do alfabeto são destacadas, então encontramos um animal cujo nome inicie com a mesma letra (Projeto Zoomania).Estudamos sobre as características deste animal, produzimos atividades de pintura, desenho, ou sucata. Assistimos vídeos para maior conhecimento do animal. A gravura do animal é colocado em um painel com seu nome destacado.Então estudamos várias palavras iniciadas também com a mesma letra.
Os alunos levam, a cada quinze dias, para casa uma lista de doze palavras e estudam, depois leem na sala. Essa atividade também tem produzido ótimos resultados.
Cada animal estudado elencamos uma música, estudamos a letra e cantamos várias vezes. Encontramos palavras e as destacamos na música.
Assim temos uma deversificação de atividades em que o modelo tradicional (como é chamado) de alfabetização pode ser usado paralelamente ao construtivismo construindo uma leitura de mundo e não só de decodificação de letras e palavras
Esse é um ano que tenho alcançado maior resultado sem ser uma profissional que opta somente por um caminho, mas apresentando um leque de informações ao aluno para que ele escolha seu caminho para aquisição da leitura e escrita e deixando que descubra as palavras e como são escritas por meio das informações dadas nas atividades e contando com a ajuda, na maioria das vezes, dos próprios colegas. Os livros da ciranda cultural são ótimos instrumentos motivadores para essa etapa da alfabetização, além de outros paradidáticos. (www.cirandacultural.com.br)

Na sexta-feira os alunos brincam com brinquedos que trazem de casa ou com jogos educativos da escola, levando a sério a brincadeira e promovendo a socialização.

Nesta semana inicaremos o Projeto Arteafa em que por meio da Arte Visual seremos motivados a leitura, escrita, reprodução, conhecimento, etc.

CAMINHOS PARA LEITURA/ESCRITA
. Livros, gibis e revistas na sala de aula ao alcance dos alunos para livre leitura
. Leitura diária de poemas, parlendas, enigmas, pequenos textos, etc.
. Contos infantis e narrações lidos pela professora
. Escrita de palavras, letras, frases e pequenos textos dentro de um contexto

PROJETOS
Projeto COM - diariamente
Projeto Zoomania- a cada 15 dias
Projeto Artealfa - semanalmente.

ENFIM...
Depois de toda essa descrição,concluo que cada dia é uma descoberta numa sala de aula, pois um professor nunca deixa de aprender com cada aluno tornando o dia-a-dia uma experiência única registrada pra sempre em nossa profissão e no nosso coração.
A intenção deste texto não é ditar regras, nem exaltar um trabalho isolado e muito menos concluir que tenho uma rotina pronta. NÂO, mas compartilhar algo que está gerando resultados, e que cada dia é uma surpresa e nos leva refletir e mudar as direções assim que diagnosticamos ineficácia, mesmo que seja de um único aluno.

Professora SUSY

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PROJETO COM - MATEMÁTICA




























Projeto Zoomania


A Foca foi nosso animal motivador para estudo, leitura, artes, escrita, música

A Foca
Toquinho
Composição: Toquinho /
Vinícius de Moraes

Quer ver a foca
Ficar feliz?
É pôr uma bola
No seu nariz.

Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha.

Quer ver a foca
Fazer uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga!

Lá vai a foca
Toda arrumada
Dançar no circo
Pra garotada.

Lá vai a foca
Subindo a escada
Depois descendo
Desengonçada.

Quanto trabalha
A coitadinha
Pra garantir
Sua sardinha.

http://www.youtube.com/watch?v=-iWe2UOAq9Y