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quinta-feira, 1 de abril de 2010

ALFABETIZAÇÃO- REFLEXÃO

“As crianças não aprendem a escrever simplesmente porque vêem outras pessoas escrevendo, mas sim porque tentam compreender a razão das marcas gráficas e suas diferenças. Elas elaboram e transformam as informações que recebem, porque trabalham cognitivamente com o que o meio lhes oferece.” (E. Ferreiro)
Noções como:
O sistema alfabético é a escrita por excelência;
A vinculação entre a escrita e a língua oral é imediata e óbvia;
Os sinais escritos são objetos substitutos
O essencial é compreender as correspondências entre signos gráficos e os elementos sonoros fora do contexto comunicativo e de toda função social específica. A vinculação entre a escrita e a linguagem não é imediata nem óbvia, que o sistema alfabético é uma das escritas construídas, mas não é a única, há um conhecimento socialmente transmitido sobre a língua escrita que precede a escola e que o processo de construção do sistema de escrita, realizado pela criança tem certo paralelismo ao passo que a humanidade deu durante séculos em direção à construção desse sistema.
A necessidade e compreender o mundo que a rodeia leva a criança ao exercício da representação. A busca de significados faz parte do cotidiano da criança quando ela constrói imagens, imita, dramatiza, desenha, fala, e escreve.
“Ler não é apenas estabelecer a relação entre o gráfico e o sonoro; ler envolve um duplo desafio: decifrar e descobrir o significado simultaneamente”( Telma Vaiz)
Os alunos devem produzir seus textos livremente, a partir de conversas; fatos vividos., ou imaginados; sugestões da classe; noticias de jornal; programas de televisão; pesquisas; observações de situações do cotidiano; etc.
Em paralelo a uma produção constante de textos, torna-se necessário um trabalho continuo de analise e reescrita dos mesmos.
Outro aspecto importante a ser considerado é a divulgação das produções do grupo, por meio de troca de textos com outras salas ou entre os alunos, montagem de livrinhos, painéis, etc. a divulgação torna-se um bom veículo para que todos os textos sejam conhecidos por um maior número de leitores possível, dos quais o professor será apenas um deles. É necessário que os alunos tenham o que dizer e para quem.
A criança vai adquirir na escola a linguagem que ela não domina, mas que não desconhece totalmente. Mesmo porque, numa sociedade urbana como a nossa, a criança esta exposta a muitas estimulações escritas; os nomes das ruas, os jornais, as revistas, a televisão, os cartazes da rua, as propagandas, os rótulos de produtos, etc. a escrita não é um produto escolar, mas o produto do esforço coletivo da Humanidade para representar a linguagem.
A escrita é importante na escola porque é importante fora dela. Quanto mais atos de leitura e escrita e quanto mais a criança seja exposta a influência do mundo letrado mais ela se tornará uma leitora de mundo, das letras, palavras e tudo que compõe o mundo da leitura e da escrita.
As interações adulto-adulto, adulto-criança e criança-criança, faz com que a criança aprenda o essencial das práticas sociais ligadas à escrita. É fundamental o contato com diferentes materiais escritos (livros, revistas, rótulos, jornais, placas, etc.) e diferentes textos (narrativos, quadrinhos, poemas, canções, par lendas, etc.) que ajudem a criança a perceber as formas da escrita e a compreender que se lê e sobre o que se lê.

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